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Número global de jovens fora da escola aumenta e chega a 250 milhões

Cenário é prejudicial ao objetivo da ONU de garantir educação de qualidade para todos até 2030

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O cenário é prejudicial ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 da ONU | Agência Brasil
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O número de crianças e adolescentes fora da escola continua crescendo. Dados da Organização das Nações Unidas para a Educação (Unesco) apontam que 250 milhões de jovens pararam ou não iniciaram os estudos, um aumento de 6 milhões desde 2021, confirmando a estagnação do progresso da educação em todo o mundo.

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Segundo a entidade, tal resultado é, em parte, reflexo da proibição da educação para meninas e mulheres no Afeganistão. Em 2022, o Talibã começou a proibir o acesso do grupo femino às escolas, começando pelo ensino fundamental. Pouco tempo depois, a censura chegou ao ensino médio e, posteriormente, às universidades.

O cenário é prejudicial ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 da ONU, que estabelece a meta de educação de qualidade para todos até 2030. Caso os países estivessem cumprindo com as metas, 6 milhões de crianças a mais estariam na pré-escola hoje, enquanto 58 milhões a mais de crianças e adolescentes estariam na escola.

"A educação está em estado de emergência. Embora esforços consideráveis tenham sido feitos nas últimas décadas para garantir educação de qualidade para todos, o número de crianças fora da escola está aumentando. Não há mais tempo a perder. Para alcançar o ODS 4, uma nova criança precisa ser matriculada na escola a cada 2 segundos até 2030", disse a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.

Progresso lento desde 2015 

O Relatório de Monitoramento da Educação Global da Unesco de 2023 conclui que, desde 2015, a porcentagem de crianças que concluem o ensino primário aumentou menos de 3 pontos percentuais, para 87%. A porcentagem de jovens que concluíram o ensino médio, por sua vez, cresceu menos de 5 pontos percentuais, subindo apenas para 58%.

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Nos 31 países de renda baixa e média-baixa que medem o progresso da aprendizagem no final do ensino fundamental, o Vietnã é o único país onde a maioria dos alunos está alcançando proficiência mínima em leitura e matemática. 

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