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Enchentes na Líbia: ONU lança apelo de US$ 71,4 milhões para atender afetados

Equipes de socorro seguem sobrecarregas devido à alta destruição e ao alto número de desaparecidos

Enchentes na Líbia: ONU lança apelo de US$ 71,4 milhões para atender afetados
Reprodução/OCHA
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O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) emitiu um apelo urgente à comunidade internacional de  US$ 71,4 milhões para auxiliar nas ações na Líbia. O montante visa responder, pelos próximos três meses, às necessidades de 250 mil moradores que foram afetados pelas enchentes no país.

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Ao todo, estima-se que 884 mil pessoas vivem em áreas diretamente atingidas pelas enchentes, que foram provocadas pelo rompimento de duas barragens após a passagem da tempestade mediterrânea Daniel. Derna é relatado como o local mais afetado, com cerca de 30% da cidade tendo desaparecido em meio aos rastros de lama.

Segundo OCHA, vários fatores estão agravando a sobrevivência dos moradores, incluindo condições humanitárias pré-existentes, deterioração da situação socioeconômica e restrições logísticas e de acesso a certas áreas. Antes das enchentes, cerca de 300 mil pessoas na Líbia já eram avaliadas como "necessitando de assistência humanitária".

Na última semana, a Coordenadoria de Socorro de Emergência disponibilizou US$ 10 milhões do Fundo Central de Resposta a Emergências para ampliar as intervenções em resposta na Líbia. As equipes de socorro, no entanto, estão sobrecarregadas, uma vez que mais de 10 mil pessoas seguem desaparecidas e outras 7 mil estão feridas. O número de mortes é estimado em 11,3 mil.

"A escala do desastre da enchente é chocante, com bairros inteiros sendo varridos do mapa e famílias inteiras, pegas de surpresa, arrastadas pelo dilúvio de água", disse o chefe da OCHA, Martin Griffiths. "A ONU está deslocando uma equipe robusta para apoiar e financiar a resposta internacional, em coordenação com os socorristas e as autoridades da Líbia", acrescentou.

Líbia dividida

A tragédia na Líbia acontece no momento de uma caótica crise política, com denúncias de corrupção e interferência externa, desde da queda do ditador Muammar Gaddafi, em 2011. Hoje, o país, rico em petróleo, é governado interinamente por dois grupos rivais - sendo apenas um deles, reconhecido pelo Ocidente. 

A região leste da Líbia - a mais afetada pela tempestade - é controlada por rebeldes do Exército Nacional, que têm o apoio do Egito e dos Emirados Árabes Unidos. O outro extremo do país é administrado pelo governo interino na capital Trípoli, alinhado à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). 

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Como os lados não conversam, a situação atrasa a coordenação internacional para o envio de ajuda humanitária. O chefe da ONU afirmou, no entanto, que segue trabalhando com ambos os governos para conseguir enviar apoio ao país.

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