Resumo da semana: eleições primárias na Argentina, alta da gasolina e hacker da Vaza Jato na PF

A semana começou com um susto no sistema de energia, que resultou em um apagão em 25 estados e no Distrito Federal. As investigações dos atos golpistas do 8 de janeiro avançaram com o depoimento de Walter Delgatti Neto, conhecido como o hacker da Vaza Jato. No mundo, as atenções foram voltadas para as eleições primárias da Argentina, onde o candidato à presidência de extrema-direita Javier Milei liderou o resultado.

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Candidato à presidência de extrema-direita lidera eleições primárias na Argentina

O candidato à presidência de extrema-direita Javier Milei liderou o resultado das eleições primárias da Argentina, realizadas no domingo (13.ago). Segundo a contagem oficial, o político registou 30,17% dos votos, seguido por Sergio Massa (esquerda), com 21,35%, e por Patricia Bullrich (direita), com 16,99%. O resultado surpreendeu os eleitores.

As eleições primárias funcionam como teste para conferir as possibilidades das forças políticas e dos candidatos para o pleito oficial do país, que, neste ano, será realizado no dia 22 de outubro. A vitória de Milei repercutiu no Brasil, sendo comentada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino. "Os monstros de extrema-direita só chegam ao poder quando o centro e os liberais caminham com as aberrações", escreveu.

Petrobras anuncia reajuste do preço da gasolina e diesel para distribuidoras

A Petrobras anunciou, na 3ª feira (16.ago), novos reajustes para a venda de combustíveis às distribuidoras. O preço do litro da gasolina sofreu uma alta de R$ 0,41, enquanto o do diesel aumentou R$ 0,78. Com isso, o preço ao consumidor ficou, em média, de R$ 2,14 e R$ 3,34, respectivamente, por litro vendido nas bombas.

Pouco tempo após o anúncio, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o reajuste terá impacto de 0,4 ponto percentual na inflação de agosto e setembro. Segundo o economista, enquanto o aumento do diesel terá um impacto indireto sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o da gasolina será direto.

Atriz Léa Garcia morre aos 90 anos no Rio Grande do Sul

A atriz Léa Garcia morreu aos 90 anos, na 3ª feira (15.ago), por complicações cardíacas. A artista carioca estava hospedada com o filho Marcelo Garcia em Gramado, no Rio Grande do Sul, onde receberia um Troféu Oscarito. A pedido da família, a homenagem à Léa foi mantida no festival de cinema e Marcelo recebeu o troféu em memória da mãe.

A trajetória de Léa teve início aos 19 anos, quando fez estreia nos palcos na peça "Rapsódia Negra", de autoria de Abdias do Nascimento. Aos 90 anos, Léa abrangia uma carreira com mais de 100 produções, incluindo cinema, teatro e televisão, com papéis marcantes em novelas como Selva de Pedra, Escrava Isaura, Xica da Silva e O Clone.

Apagão afeta cidades em todo o país e deixa brasileiros sem energia

Um apagão nacional deixou várias cidades sem energia na manhã de 3ª feira (15.ago). Ao todo, 29 milhões de brasileiros foram afetados pelo apagão, que atingiu 25 estados e o Distrito Federal. As regiões mais afetadas foram Norte e Nordeste, que sofreram queda de 83,8% e 44,4%, respectivamente, na carga do subsistema em 10 minutos após o apagão. 

A causa do incidente ainda não foi identificada. Acredita-se que a falta de energia ocorreu por dois problemas simultâneos, que estão relacionados à sobrecarga no sistema de transmissão do Ceará. Além do Operador Nacional do Sistema (ONS), a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Investigação (Abin) foram acionadas para investigar o caso.

Hacker da Lava Jato presta depoimento à PF e à CPMI do 8 de janeiro

Walter Delgatti Neto, o hacker da Vaza Jato, prestou depoimento à Polícia Federal, na 4ª feira (16.ago), sobre a invasão no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inclusão de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Delgatti foi preso em 2 agosto, no âmbito da investigação.

Um dia depois, na 5ª feira (17.ago), Delgatti foi recebido na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro. Na sessão, o hacker revelou um plano para criar uma campanha fake para descredibilizar a segurança das urnas eletrônicas a pedido da equipe do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que recebeu "carta branca" para buscar fragilidades no sistema eleitoral brasileiro.

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