Número de mortes de migrantes no Mediterrâneo já ultrapassa total de 2022
Viajantes tentam fugir de violência e perseguição; maioria das vítimas é da África subsaariana
Camila Stucaluc
A crise migratória no Mar Mediterrâneo continua resultando em tragédias. Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), o número de mortes e desaparecimentos durante o trajeto, o mais ativo quando trata-se de migrantes, já chegou a 2.063 em 2023, ultrapassando o total contabilizado no ano passado: 1.963.
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Das vítimas cuja origem geográfica é conhecida, a maioria é da África subsaariana, onde muitos países sofrem com casos de guerras, violência e perseguição. Uma das nações mais impactadas é o Sudão, que, neste ano, voltou a sofrer com conflitos internos, resultando na morte de mais de 400 pessoas e no deslocamento de outras milhares.
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Como a rota do Mediterrâneo é uma das mais perigosa, muitos viajantes acabam morrendo no trajeto, enquanto outros precisam ser resgatados por organizações não-governamentais. A Itália entre os países mais procurados como destino, sobretudo devido à sua posição geográfica. O alto número de migrantes, no entanto, já fez com que o governo declarasse estado de emergência.