Greve dos roteiristas de Hollywood completa 100 dias
Paralisação iguala a marca atingida entre 2007 e 2008 e acontece paralelamente à greve do Sindicato dos Atores
A greve dos roteiristas de Hollywood atingiu a marca de 100 dias nesta 4ª feira (9.ago). Produções do cinema, dos serviços de streaming e da televisão dos Estados Unidos permanecem paralisadas, enquanto atores também decidiram cruzar os braços. É a primeira vez que as duas categorias fazem greve simultaneamente desde 1960. A marca atingida nesta quarta-feira iguala-se à greve de roteiristas que começou em 2007 e estendeu-se até 2008. Até agora, a maior paralisação dos escritores foi registrada em 1988. Na época, foram 153 dias de paralisação.
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A paralisação dos roteiristas começou no dia 2 de maio e não há previsão para que chegue ao fim. Na semana passada, as negociações com os grandes estúdios de Hollywood falharam. Alguns profissionais da área chegaram a afirmar à imprensa dos Estados Unidos e do Reino Unido que a paralisação pode durar até o fim deste ano.
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Os sindicatos dos roteiristas e dos atores, que se juntaram à greve em 14 de julho, pedem melhores pagamentos pelo uso da imagem, principalmente, nos serviços de streaming. Outra exigência é a regulamentação da inteligência artificial para produzir roteiros. Os autores querem impedir que os textos sejam escritos ou editados pela nova tecnologia e também querem proibir que o trabalho deles seja usado para treinar os computadores.
Grandes estúdios e emissoras de televisão dos Estados Unidos estão a poucas semanas de começar a chamada "fall season", período que coincide com a chegada do outono e quando são lançadas a maior parte das produções. O motivo é que nesta época do ano, com as temperaturas mais amenas no hemisfério norte, a população costuma ficar mais em casa, aumentando a audiência. Ainda não está claro o quanto a greve dupla afetará os lançamentos. Segundo executivos dos principais estúdios, há planos de contingência para evitar danos e prejuízos.