Estado Islâmico reivindica atentado suicida que deixou 54 mortos no Paquistão
Investigadores apontam que grupo visava promover confusão e instabilidade poucos antes das eleições
O Estado Islâmico reivindicou, na 2ª feira (31.jul), a autoria do atentado suicida que deixou 54 mortos e quase 200 feridos na cidade de Bajaur, no Paquistão. Em comunicado emitido pelo Amaq, braço de notícias do grupo, os integrantes afirmaram que "um combatente detonou um colete explosivo no meio da multidão" em Bajaur.
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A confirmação já era esperada por investigadores paquistaneses. Como o atentado aconteceu durante um comício organizado pelo partido conservador Jamiat Ulema Islam (JUIF), as autoridades apontaram que o intuito seria promover confusão e instabilidade no país poucos antes das eleições, programadas para acontecer este ano.
O líder do JUIF, Fazlur Rehman, considerado um político de linha dura e que apoia o governo Talibã no Afeganistão, não compareceu ao evento, mas já foi alvo de ataques em 2011 e 2014. O chefe local do partido de Rehman, Maulana Ziaullah, por sua vez, está entre os mortos.
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O Paquistão tem visto um ressurgimento de ataques feitos por militantes islâmicos desde o ano passado. A maioria deles, no entanto, aconteceu em forças e instalações de segurança. O atentado suicida de domingo foi um dos piores já registrados no país desde 2014, quando 147 pessoas foram mortas durante um ataque do Talibã.