NY pagará US$13 mi a manifestantes presos durante protestos por morte de George Floyd
Acordo é resultado de uma ação coletiva que denunciou táticas policiais ilegais nos atos
A cidade de Nova York, nos Estados Unidos, concordou em pagar US$ 13 milhões (R$ 65,74 milhões) aos manifestantes presos durante os protestos contra a morte de George Floyd, em 2020. A ação coletiva, apresentada em um tribunal de Manhattan, acusava o Departamento de Polícia de usar táticas ilegais contra os participantes dos atos.
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"As táticas ilegais incluem o espancamento com cassetete, uso de spray de pimenta indiscriminadamente e detenções sem justificativa legal e sem aviso justo. Muitos dos presos foram submetidos a longos e desnecessários processos de prisão que os colocaram em locais perigosamente próximos, tudo no auge da pandemia covid-19", diz o processo.
Segundo o acordo, cada um dos 1,3 mil manifestantes que foram presos durante os protestos, realizados entre maio e junho de 2020, nas regiões de Manhattan e Brooklyn, serão indenizados em US$ 9.950 (R$ 47.749). Este será o maior valor já pago em uma ação coletiva a um grupo de manifestantes, caso o tribunal aceite a decisão.
George Floyd, de 46 anos, morreu no dia 25 maio do ano passado após ter sido detido pela polícia em uma loja de conveniência de Minneapolis. Ele foi acusado de tentar pagar a conta do supermercado com uma nota falsa de US$ 20.
Na data, Floyd foi imobilizado por Derek Chauvin, hoje ex-policial, que pressionou o joelho contra o pescoço de Floyd por mais de nove minutos, mesmo com ele repetindo que não conseguia respirar. Em abril de 2021, Chauvin foi condenado por homicídio culposo, homicídio em segundo grau e homicídio em terceiro grau.
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A ação policial foi filmada por moradores e divulgada nas redes sociais. O caso gerou uma grande revolta nos Estados Unidos e em outros países, eclodindo protestos sobre violência policial contra a comunidade negra. As manifestações também deram início ao movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, na tradução).