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Vala comum com mais de 80 corpos é encontrada no Sudão

Testemunhas ouvidas pela ONU afirmam que óbitos foram causados por paramilitares

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O Sudão vem enfrentando conflitos internos desde abril deste ano | UNHCR/Aristophane Ngargoune
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Uma vala com ao menos 87 corpos foi encontrada na região de Darfur, no oeste do Sudão. A informação foi divulgada nesta 5ª feira (13.jul) pela Organização das Nações Unidas (ONU), que aponta que as vítimas, algumas pertencentes à tribo Masalit, foram possivelmente assassinadas por paramilitares sudaneses e milícias aliadas.

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Segundo a entidade, os corpos foram enterrados entre os dias 20 e 21 de junho, incluindo sete crianças, em um vala de aproximadamente um metro de profundidade. A data corresponde ao final das ações violentas do grupo Rapid Support Forces (RSF) no local, que também resultaram no assassinato do governador de Darfur, Khamis Abbaker.

Testemunhas contaram que os esforços locais para o acesso e enterro dos mortos geralmente demoravam, deixando muitos corpos caídos nas ruas por dias. Uma família disse que teve que esperar 13 dias antes de ser autorizada a recolher o corpo de um parente - um dignitário Masalit morto em 9 de junho.

Nos casos em que a RSF permitia a coleta dos mortos, após mediação com líderes árabes e outros líderes comunitários, o grupo se recusava a permitir a remoção dos feridos para hospitais para tratamento médico.

"Condeno nos termos mais fortes o assassinato de civis, e estou ainda mais chocado com a forma insensível e desrespeitosa como os mortos, juntamente com suas famílias, foram tratados. Deve haver uma investigação rápida, completa e independente sobre os assassinatos, e os responsáveis devem ser responsabilizados", disse o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.

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O Sudão vem enfrentando conflitos internos desde abril deste ano, resultando na morte de centenas de pessoas e no deslocamento de mais de 1 milhão. A briga é entre o Exército do país e paramilitares. Governos como Reino Unido e Estados Unidos já pediram para que os seus cidadãos deixem o país o mais rápido possível.

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