Sindicato de atores de Hollywood recomenda greve após impasse em negociações
Categoria pede reajuste salarial e definição do uso da inteligência artificial nas produções
Camila Stucaluc
O sindicato que representa atores de cinema e televisão de Hollywood recomendou, nesta 5ª feira (13.jul), que os profissionais entrem em greve. A orientação aconteceu após a entidade não conseguir alcançar um acordo com os estúdios e serviços de streaming sobre reajustes salariais e regras para o uso da inteligência artificial nas produções.
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"As empresas se recusaram a se envolver significativamente em alguns tópicos e em outros nos atrapalharam completamente. Enquanto não negociarem de boa-fé, não podemos começar a chegar a um acordo. Não temos escolha a não ser avançar em unidade, e em nome de nossos membros, com uma recomendação de greve nacional", disse a Sag-Aftra, representante de 160 mil atores.
Caso entrem em greve, os atores se juntarão aos roteiristas, que estão paralisados desde o começo de maio por melhores condições de trabalho. O movimento conjunto seria o primeiro desde 1960, quando as categorias conquistaram benefícios como assistência médica e aposentadoria, e poderia atrapalhar as produções de verão.
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Além disso, a greve poderia impedir que os atores compareçam ao lançamento de filmes, como Oppenheimer, de Christopher Nolan, que está com pré-estreia marcada para a próxima 2ª feira (17.jul) nos Estados Unidos. A paralisação ainda pode adiar a premiação do Emmy, programado inicialmente para o dia 18 de setembro.