Assassina da família Manson, Leslie Houten, pode receber liberdade condicional
Decisão é da Suprema Corte da Califórnia, que alegou sinais de arrependimento da condenada
Camila Stucaluc
Leslie Van Houten, seguidora de Charles Manson nos anos 1960, poderá receber liberdade condicional nas próximas semanas. A informação foi divulgada pela defesa de Leslie, hoje com 73 anos, momentos após o governo da Califórnia afirmar que não iria contestar a decisão da Suprema Corte do estado, que optou pela liberdade condicional.
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"Estamos desapontados com a decisão, mas não prosseguiremos com as ações, pois é improvável que os esforços para apelar mais tenham sucesso. A Suprema Corte da Califórnia aceita recursos em pouquíssimos casos e, geralmente, não seleciona casos com base nesse tipo de determinação específica de fatos", disse o governo.
Leslie está cumprindo uma sentença de prisão perpétua há mais de 50 anos. Ela foi condenada, juntamente de outros integrantes da seita de Manson, pelos assassinatos de Leno e Rosemary LaBianca em Los Angeles, em 1969. Na época, Leslie confessou ter esfaqueado a barriga e as costas de Rosemary ao menos 15 vezes.
Além do casal, o crime resultou no assassinato de outras cinco pessoas, incluindo a atriz Sharon Tate. Leslie era a mais jovem de todos os envolvidos nos crimes - 19 anos -, e a última a ingressar na seita de Manson, que se dizia a reencarnação de Jesus Cristo. Todos os integrantes do grupo foram condenados, incluindo Manson, que morreu na prisão em 2017.
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Desde que foi condenada, Leslie teve 23 audiências perante o Conselho de Liberdade Condicional. O grupo recomendou que ela recebesse a condição cerca de cinco vezes - todas contestadas pelo governo da Califórnia. Na última decisão, a juíza Helen Bendix afirmou que Leslie "tem apresentado esforços de reabilitação extraordinários, perspicácia e arrependimento".