ONU condena racismo contra Vini Jr. e cobra ações de federações esportivas
Alto comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, afirmou que o episódio é 'lembrete gritante' do racismo no futebol
Giovanna Colossi
O alto comissário da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Volker Türk, condenou nesta 4ª feira (24.mai) os ataques racistas sofridos pelo jogador brasileiro Vini Jr., pedindo ações das federações de futebol para impedir novos episódios como o do último domingo (21.mai), quando o atacante do clube Real Madrid foi chamado de 'macaco' por torcedores do Valencia, durante uma partida do campeonato espanhol.
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"O abuso racial enfrentado -- mais uma vez -- pelo jogador de futebol do Real Madrid, Vinícius Júnior, na Espanha, no último domingo, é um lembrete gritante da prevalência do racismo no esporte. Apelo aos organizadores de eventos desportivos para que tenham estratégias de prevenção e combate ao racismo", afirmou Türk durante coletiva de imprensa.
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Questionado sobre os protocolos adotados pela Fifa, UEFA, e outras federações para reprimir casos de racismo no futebol, Türk demonstrou preocupação com como os direitos humanos são tratados no esporte, em geral.
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"Eu sinto que precisamos olhar com uma perspectiva ampla para os direitos humanos nos esportes", avaliou o alto comissário, que também informou a produção de um guia pela ACNUDH de padrões de direitos humanos em eventos esportivos. O material, segundo Volker, deve ser divulgado nas próximas semanas e distribuído às federações.
"Eu gostaria de prover um guia para as federações esportivas, porque o esporte é tão importante, ele une as pessoas e tem tantas coisas positivas intrínsecas, mas também temos que lidar com o lado negativo, e é por isso que nós queremos promover uma série de ideias de padrões de direitos humanos em eventos esportivos, e isso inclui participação, inclusão, lutar contra estigmatização e lutar contra o racismo", disse.
