EUA suspendem proibição de doação de sangue por homens gays e bissexuais
Medida vinha sendo flexibilizada nos últimos anos conforme avanços da detecção do HIV
A Food and Drug Administration (FDA), agência sanitária dos Estados Unidos, suspendeu formalmente a proibição de doação de sangue por homens gays e bissexuais. A restrição, imposta em 1983, tinha como objetivo evitar que a coleta fosse contaminada com o vírus HIV, o que resultaria na disseminação da doença.
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Em 2015, no entanto, a FDA flexibilizou a política, exigindo que os homens ficassem sem ter relações sexuais por um anos antes de doar sangue, diminuindo as chances de contaminação. O período foi encurtado para três meses em 2020, quando houve uma grande queda de doações devido à pandemia de covid-19.
Agora, homens gays e bissexuais podem realizar a coleta somente com preenchimento de um questionário, que irá avaliar os riscos individuais de HIV com base no comportamento sexual e parceiros recentes. O documento passa a ser uma exigência para todos os doadores em potencial, independentemente da orientação sexual ou gênero.
Segundo a FDA, aqueles que relatarem ter um novo parceiro sexual, ou mais de um parceiro sexual nos últimos três meses, bem como ter realizado sexo anal nos últimos três meses, terão as coletas adiatas. A ação procura reduzir a probabilidade de doações por indivíduos com infecção recente e ainda não identificada.
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"A FDA trabalhou diligentemente para avaliar nossas políticas e garantir que tivéssemos evidências científicas para apoiar a avaliação de risco individual para a elegibilidade do doador, mantendo salvaguardas apropriadas para proteger os receptores. A implementação dessas recomendações representará um marco significativo para a agência e a comunidade LGBTQI+", disse Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA.