Chanceler russo pede "união de forças" contra a "chantagem" do Ocidente
Na Venezuela, Sergei Lavrov discursou contra sanções impostas pelos Estados Unidos e aliados
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu, nesta 3ª feira (18.abr), "união de forças" contra a "chantagem" das sanções do Ocidente, durante uma visita a Caracas, capital da Venezuela.
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"Venezuela, Cuba e Nicarágua são países que escolhem o seu próprio caminho", disse Lavrov, segundo a tradução oficial, ao questionar as sanções internacionais impostas pelos Estados Unidos a essas nações aliadas.
"É necessária a união de forças para combater as tentativas de chantagem e pressão unilateral ilegal do Ocidente", acrescentou o diplomata russo durante coletiva de imprensa ao lado de seu par venezuelano, Yván Gil.
A passagem de Lavrov por Caracas é a segunda escala de seu giro pela América Latina, que começou no Brasil e continuará por Cuba e Nicarágua. A última vez em que ele esteve no território venezuelano foi em fevereiro de 2020, dois anos antes da invasão russa da Ucrânia.
A Venezuela é um dos principais aliados da Rússia na região. O presidente Nicolás Maduro manifestou apoio a Moscou durante o conflito na Ucrânia, mas também defendeu negociações de paz.
"Discutimos os acontecimentos da Ucrânia", disse Lavrov após o encontro com Gil. Também está previsto que o chanceler russo se reúna com Maduro.
"Vamos resolver a situação na Ucrânia e de outros conflitos no mundo através dos princípios da Carta da ONU sobre a igualdade soberana dos Estados, sobre o princípio da indivisibilidade da segurança", afirmou o ministro russo. "Nossa tarefa é garantir que a carta da ONU seja aplicada em sua totalidade, que o direito à autodeterminação não seja eliminado quando convém ao Ocidente", acrescentou.
No fim de fevereiro, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução não vinculante votada por 141 dos 193 Estados-membros, com sete votos contrários, que exigia a "retirada imediata" das tropas russas da Ucrânia para pôr fim à guerra, e reafirmava seu "compromisso" com "a integridade territorial" do país invadido.
*com informações da AFP
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