Ao menos 600 crianças sofreram abuso sexual em igrejas dos EUA, diz relatório
Documento lista padres, seminaristas e professores e acusa chefes de ocultar e acobertar crimes
Ao menos 600 crianças sofreram abusos sexuais por funcionários da Igreja Católica em Baltimore, no estado de Maryland, nos Estados Unidos. A cifra, referente aos anos de 1940 a 2002, foi divulgada na 4ª feira (5.abr) pelo procurador-geral do Estado, Anthony Brown, que acredita que o número de vítimas pode ser ainda maior.
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O documento lista padres, seminaristas, diáconos, professores e outros integrantes da instituição. Todos são acusados de utilizar os cargos para enganar as vítimas, bem como para ocultar e acobertar os abusos. Os chefes da Igreja também foram acusados de omissão, muitas vezes transferindo os responsáveis para outras instituições.
Algumas paróquias, escolas e congregações tinham mais de um abusador ao mesmo tempo, como a Paróquia de São Marcos, em Catonsville, onde foram registrados 11 criminosos. O relatório identificou ainda 43 sacerdotes empregados ou que residiram na Arquidiocese de Baltimore, mas que cometeram abusos fora da instituição.
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"Este relatório ilustra o fracasso sistêmico e depravado da arquidiocese em proteger os mais vulneráveis - as crianças. Queremos expressar nossa profunda gratidão pelos sobreviventes que demonstraram tamanha bravura e coragem ao se apresentarem para contar suas histórias. Incentivamos aqueles que ainda não o fizeram, mas podem estar prontos para fazê-lo agora", disse Brown.