Polônia reforça segurança com sistema de defesa antiaérea comprado dos EUA
Governo polonês dá demonstrações de que está preparado para eventual ofensiva russa
Sérgio Utsch
Integrante da Otan, a Polônia reforçou o sistema de defesa do país, que é vizinho da Ucrânia. Varsóvia, capital polonesa, já recebeu 1,5 milhão de refugiados ucranianos desde o início do ano passado.
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O sentimento anti-Rússia é o mesmo na maior parte da Polônia, que já foi invadida e dominada pela ex-União Soviética. Para os poloneses, Zelenskyy é o herói da resistência contra um inimigo comum.
Nos últimos dias, a Polônia reforçou a sua própria segurança, com um sistema de defesa antiaérea Patriot, comprado dos Estados Unidos e transferido pra Varsóvia pra treinamento de militares e, segundo o ministro da defesa, "mostrar intencionalmente que o exército polonês está pronto".
O discurso oficial é refletido nas ruas da capital, onde sobram bandeiras da Ucrânia. Enquanto isso, no país vizinho, há cada vez mais sinais de que uma ofensiva russa já começou. Nas últimas horas, houve ataques em Kharkiv e Kherson, pra onde os trens foram interrompidos.
Um porta-voz do exército ucraniano disse que uma brigada russa, de cinco mil soldados de elite, foi derrotada durante uma batalha, no leste da Ucrânia.
A situação é difícil mesmo nas cidades recuperadas pelos ucranianos, como Sviatorhisk. Ainda faltam água, comida, eletricidade e o cuidado necessário com moradores, como Tamara, de 80 anos, que diz ter sido torturada pelos russos: "eles me colocaram contra o muro e atiraram perto do meu rosto, me bateram muito forte, me feriram com uma faca. Eu nasci na 2ª Guerra e vou morrer nesta guerra, por que?".
Sem controle e sem qualquer perspectiva de um acordo de paz, o espaço aéreo da Ucrânia está fechado há quase um ano. O único jeito de chegar ao país é de carro ou de trem.
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