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Turquia e Síria confirmam mais de 23 mil vítimas de terremoto

Nesta 6ª, o presidente sírio Bashar Al-Assad fez a primeira visita a uma das regiões mais afetadas do país

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terremoto na turquia
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O número de mortes no terremoto que atingiu a Turquia e a Síria não para de aumentar e já passa de 23 mil. Nesta 6ª feira (10.fev), 4 dias após o tremor de magnitude 7,8, o presidente sírio fez sua primeira aparição pública e visitou uma das cidades mais atingidas do país.

Acompanhado da esposa, Bashar Al-Assad esteve em áreas devastadas pelo tremor, em Aleppo. O presidente sírio também visitou um hospital da cidade, consolou feridos e elogiou o trabalho dos profissionais de saúde.

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No mesmo dia, um comboio de 14 caminhões, com ajuda das Nações Unidas, cruzou o noroeste da Síria, carregando tendas, cobertores, produtos de higiene e alimentos para milhares de pessoas.

Na Turquia, fazia quase -10 °C quando o avião da Força Aérea Brasileira pousou na capital Ancara, com equipes de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Além do frio extremo, eles terão pela frente outra situação com a qual os brasileiros não estão acostumados.

No pior terremoto da história da Turquia, ainda há muito trabalho pela frente, mas, cada vez menos vidas a serem salvas. Nesta 6ª feira, no entanto, houve quem sobrevivesse para contar uma história diferente: uma adolescente de 17 anos, em Kahramanmaras; um casal, em Iskenderum; um homem e mais duas crianças, em Hatay, uma de 10 e outra de 3 anos, que voltou à superfície sob os aplausos de quem acompanhava um milagre acontecer.

Em Adana, nada de vida, só entulho. O carro estava na garagem do prédio residencial que desabou. Logo, outros também vão deixar de existir. Há as construções que caíram, e as que ainda serão derrubadas. Só na cidade, 150 prédios foram condenados pelas autoridades locais. Na maioria dos casos, a fundação ficou tão comprometida pelos tremores que é impossível que os moradores retornem aos edifícios.

A fita de isolamento é o sinal de que, em breve, uma parte da cidade será mais um monte de entulhos e lembranças, para quem deixou para trás tudo o que tinha. Entre os sobreviventes, o sentimento é de dúvida, tristeza e muita apreensão.

"Eu tenho medo de voltar para casa", diz Gurbahar, uma entre milhares que agora chamam os abrigos de casa. Nestes acampamentos, voluntários servem o almoço. Acabou a primeira leva, e eles já se preparam para servir a segunda. Na fila, mulheres, crianças... todos esperando a hora de comer.

"O menino perdeu os brinquedos. A senhora perdeu sua rotina. E o país perdeu muito mais do que mostram os números", desabafa Halil, turco que mora em Londres e voltou para ajudar a família. "Tem mais de 100 mil mortos", ele acrescenta, por conta do número ainda alto de desaparecidos.

E não só pessoas, mas também seus melhores amigos, que foram soterrados e não viam a hora do próximo passeio.

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