"Ninguém se sente seguro", diz ex-Flamengo que joga na Turquia
Turcos se mobilizam para levar doações aos desabrigados e feridos após o terremoto que atingiu o país
SBT News
Na Turquia, há uma intensa mobilização para levar doações aos desabrigados e feridos após o terremoto que atingiu o país.
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Moradores de regiões que não foram atingidas pelo terremoto fazem fila para doar sangue. Montanhas de mantimentos surgem a todo momento.
Cenas que a brasileira Marina Lima, técnica em marketing digital, tem visto de perto. Desde 2017, ela mora com o marido em Istambul, a mais de 1.000 quilômetros do local do epicentro.
"Hoje, eu estive andando pelas ruas aqui do meu bairro, e eu percebi locais, como se fossem depósitos, que eles estão recebendo alimentos, roupas, todos os tipos de doações. Eles estão com caminhões grandes de mudança, que eles enchem esses caminhões", conta a brasileira.
Os voluntários, no entanto, estão tendo dificuldade de fazer com que as doações cheguem à região central do país, a mais atingida pelo terremoto, por causa das tempestades de neve.
O jogador brasileiro Léo Duarte, ex-Flamengo, também está em Istambul, mas jogou em Adana, cidade próxima ao epicentro, e disse que lá as pessoas estão ao relento.
"Está todo mundo com medo de voltar pras casas, ninguém se sente seguro com medo de que aconteça novamente e eles não sabem o que fazer", diz o jogador do Istanbul Basaksehir.
Turcos e sírios no Brasil
Mesmo quem vive muito longe do local da tragédia não esconde a preocupação. No Brasil, há uma enorme população de turcos e sírios, que sofrem a angústia de não receber notícias vindas do outro lado do mundo.
É o caso de Tamar Jalian, assistente de marketing, que demorou um dia inteiro para fazer contato com uma prima, que mora em Alleppo, na Síria.
"Eu consegui contato com ela hoje de manhã, foi muito breve, lá não tem eletricidade. Ela falou que está bem, está todo mundo bem, e o prédio que ela está ficando não caiu", diz.
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