"Há desafios sem precedentes", diz chefe da ONU sobre direitos humanos
António Guterres chamou atenção para abuso de poder e violência instaurada nos países
Camila Stucaluc
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu que os governos e a sociedade civil concentrem esforços para defender os direitos humanos nos países. Segundo ele, o mundo enfrenta "desafios sem precedentes" sobre o tema, o que acaba impactando outros assuntos, como paz, justiça e igualdade.
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"Os direitos humanos são a base da dignidade humana. Temos de combater as desigualdades e as injustiças em todas as dimensões. A solidariedade e a liderança globais são essenciais para garantir que todos, em todos os lugares, tenham os recursos e o apoio de que precisam para investir em seu povo e no futuro", disse Guterres.
Atualmente, o Conselho de Segurança da ONU considera os países Coreia do Norte, Síria, Irã e Afeganistão como os que mais violam os direitos humanos. Isso porque, na maioria deles, os governos abusam do poder e impõem medidas violentas, restringem os direitos das mulheres e controlam as agências de comunicação.
Nesta semana, por exemplo, o Irã e o Afeganistão realizaram execuções públicas, ato repudiado pela ONU e comunidade internacional. No Teerã, o caso envolveu um jovem de 23 anos que participou de protestos e agrediu um policial. Já em Cabul, a execução abordou um acusado de assassinato, que foi morto pelo pai da vítima.
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"Estes tempos difíceis exigem uma retoma do compromisso com todos os direitos humanos - civis, culturais, econômicos, políticos e sociais", frisou Guterres.