Comerciantes aderem a protestos no Irã e iniciam greve geral
Manifestantes decidiram continuar nas ruas apesar do fim da polícia moral
Comerciantes aderiram aos protestos contra o governo do Irã e iniciaram uma greve geral. Manifestantes decidiram continuar nas ruas apesar do anúncio do procurador-geral do país de que a polícia da moral vai acabar.
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Em várias partes do Irã, a semana começou com os comércios estavam de portas fechadas. Durante a noite, novos protestos. Já são 81 dias de manifestações.
A fúria coletiva veio depois que Masha Amini morreu enquanto era mantida em custódia pela polícia moral do Irã porque não cobriu totalmente os cabelos com o hijab - o véu islâmico.
Criada em 2005, a guarda é responsável por fiscalizar e prender pessoas que não cumpram os códigos de vestimenta e moral das leis iranianas. Segundo a Anistia Internacional e a ONU, a maioria dos presos é de mulheres, muitas delas submetidas a tortura.
Quase três meses depois dos protestos que tomaram conta do país e de várias partes do mundo, o procurador-geral iraniano divulgou que a polícia moral vai acabar e que a obrigatoriedade do véu será revista, algo que boa parte da população não acredita.
Até agora, o regime iraniano não confirmou as mudanças. Segundo o governo do país, 300 pessoas morreram desde o começo das manifestações, mas organizações não governamentais como a Iran Human Rights, que tem sede na Noruega, afirmam que são mais de 500 mortos.
Os Estados Unidos por mais de uma vez defenderam o direito da livre expressão no Irã e condenaram as ações violentas da polícia nos protestos. Da Casa Branca a mensagem é a de que se a repressão seguir, as sanções vão aumentar.
Em Teerã, o ministro de Relações Exteriores iraniano culpou os Estados Unidos e aliados pelos protestos, dizendo que o ocidente espalha mentiras para causar o caos no país do Oriente Médio.
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