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Mulheres na mídia: era digital impulsionou mudança no Oriente Médio

Profissionais árabes destacam influência de redes na inclusão feminina e chamam atenção para ataques digitais

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Painel de abertura do 3º dia do evento abordou a relação de mulheres e o espaço digital | SBT News
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Abu Dhabi -- A busca por mais espaço, respeito e diversidade é uma constante para mulheres. Seja no Brasil, ou no exterior. E para as que estão no Oriente Médio, o mundo digital tem se colocado como uma ferramenta essencial. Por meio das plataformas, mulheres da nova geração têm encontrado um espaço para compartilhar trabalhos e mostrar a própria voz, mesmo com os desafios das redes.

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A mudança de mercado impulsionada pelo meio digital proporcionou um avanço nos últimos anos nos Emirados Árabes Unidos, segundo a editora-chefe do jornal Dubai Post, Khadeeja AlMarzooqi. Na perspectiva da jornalista, a facilidade para publicações on-line e maior alcance foram os pilares para o início dessa mudança.

"A audiência do conteúdo e acesso têm criado um novo mundo. Era muito caro produzir nos meios tradicionais, mas os novos meios da era digital permitem uma produção de baixo custo, e, claro, há uma qualidade maior e vários fatores de êxito", declarou AlMarzooqi nesta 4ª feira (17.nov), durante participação no painel "Diversidade e inclusão na era digital: mulheres na mídia", que abriu o terceiro dia do Global Media Congress, em Abu Dhabi.

Apesar do espaço, a jornalista destaca que nem todos os pontos são favoráveis para as profissionais. "Para as mulheres, são duas caras da mesma moeda: temos as que estão na tela e as que estão atrás. É importante determinar o tipo de mensagem que está enviando ao público. Também se deve destacar os ataques", diz. Como forma de contribuir com o processo, AlMarzooqi aponta a necessidade de uma mudança cultural, com apoio de ações educativas. E destaca que as mulheres enfrentam uma maior dificuldade de aceitação -- com necessidade de afirmações constantes sobre o seu trabalho.

"É muito mais fácil para homens que estão nessa posição. Não precisa pensar se foi bem entendido, ou enfrentar rumores. É normal que homens saiam e trabalhem até tarde, mas para mulheres é uma história diferente", afirma. "Mas as mulheres podem levar essa mensagem. Podemos mudar o esteriótipo, criar programas que estão dirigidos aos jovens para eliminar os esteriótipos negativos, eliminar o bullying contra a mulher", conta.

O mesmo na África

Outras mulheres que participaram reforçam as perspectivas no continente africano. A pesquisadora Yemisi Akinbobola, que fundou o grupo African Women in Media -- Mulheres Africanas na Mídia, em português, destaca que apenas a África do Sul tem uma divisão mais igualitária frente aos demais países do continente. Ela também aponta a urgência de mudanças para mulheres no mundo. "É preicso ser visível para inspirar", diz. "Tenho três filhas e quero que elas tenham sucesso profissional, que se sintam representadas e tenham inspirações", completa. Akinbobola ainda defende uma regulação midiática, para que as próprias redes sociais coloquem limites em ataques contra mulheres.

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