Tribunal russo rejeita recurso e mantém Brittney Griner na prisão
Estrela do basquete dos EUA foi sentenciada a 9 anos de prisão por posse e contrabando de drogas
Um tribunal russo rejeitou nesta 3ª feira (25.out) um recurso da estrela de basquete norte-americana Brittney Griner de sua sentença de nove anos de prisão por posse e contrabando de drogas.
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Considerada uma das melhores jogadoras de basquete do mundo, Griner está detida desde 17 de fevereiro depois que a polícia disse ter encontrado cartuchos de vape contendo óleo de cannabis em sua bagagem ao desembarcar no Aeroporto Sheremetyevo, em Moscou. Ela estava voltando para a Rússia, onde compete desde 2014.
A atleta, de 31 anos, se declarou culpada de transportar a substância, mas nega que tenha sido intencional. Em seu depoimento no dia 7 de julho, ela afirmou que "não tinha intenção de infringir nenhuma lei russa" e que trouxe as latas de vape para a Rússia ao fazer as malas com pressa. Mesmo assim, em agosto, foi condenada a 9 anos de prisão e multada em 1 milhão de rublos, cerca de US$ 16.700 (R$ 87.000) pelo tribunal de Khimki, na Rússia.
A decisão é considerada desproporcional pelos Estados Unidos e advogados da atleta. Eles alegam que, em casos parecidos, os tribunais russos davam uma pena máxima de 5 anos para condenados por posse e contrabando. Sendo que a maioria cumpria um terço da sentença em liberdade condicional.
A detenção da jogadora ocorreu em meio a crescente tensão entre Moscou e Washington sobre a guerra na Ucrânia, prolongando o caso e levando a atleta a ficar mais de seis meses presa até sua condenação. A demora em uma resolução levou o governo dos Estados Unidos a oferecer uma troca de prisioneiros, o traficante de armas russo Viktor Bout por Griner e Paul Whelan, um americano preso na Rússia por espionagem.
Mas, até o momento, segundo o governo dos Estados Unidos, a Casa Branca não recebeu uma resposta produtiva da Rússia à oferta.
Em nota divulgada nesta 3ª feira, a WNBA Players Association afirmou que a decisão do tribunal "é mais uma verificação de que Griner não foi apenas detida injustamente, ela é claramente uma refém".
* Com informações da Associated Press
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