Ex-ministro das Finanças Rishi Sunak é favorito para comandar o Reino Unido

O ex-ministro das Finanças Rishi Sunak é o novo favorito para o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido. Com o fim do governo relâmpago de Liz Truss e a desistência de Boris Johnson de concorrer novamente ao cargo, o conservador, de 42 anos, pode se tornar o primeiro premiê hindu e não-branco a governar o país. Ele também será o líder mais jovem em mais de 200 anos. 

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Contudo, Sunak ainda precisa convencer uma parcela do partido Conservador que não o perdoou pela sua demissão repentina do governo Johnson. Sua saída conjunta com o secretário de Saúde Sajid Javid, em 5 de julho, desencadeou uma reação em cadeia, com 50 funcionários se demitindo em 48 horas, levando Boris a renunciar. 

Na época, Sunak pintou isso como uma questão de princípio, dizendo querer reparar a "quebra de confiança" na política. Na eleição que procedeu à renúncia de Johnson, ele ficou em segundo na preferência do partido, atrás de Liz Truss. A então ministra das Relações Exteriores prometeu cortes de impostos imediatos para conter a inflação crescente no país. Mas, ao colocar o plano em prática, provocou uma crise econômica ainda maior, derrubando o valor da libra e assustando o mercado financeiro. 

A derrocada, com 45 dias de governo, comprovou a teoria de Sunak de que Lis Truss oferecia um pacote de "contos de fada"

"Prefiro perder por lutar pelas coisas que acredito apaixonadamente serem certas para o nosso país e ser fiel aos meus valores, do que vencer com uma falsa promessa", disse Sunak em entrevista à BBC.

Único candidato com apoio confirmado de mais de 100 parlamentares, número necessário para concorrer à eleição, Rishi tem Penny Mordaunt, líder do grupo parlamentar conservador na Câmara dos Comuns, como concorrente mais forte, embora, ela tenha, no momento, o apoio de um pouco mais de 20 deputados. Mordaunt tem até as 14h desta 2ª feira (24.out) para atingir o número necessário de apoio, se não Sunak vencerá por aclamação e poderá se mudar para a sede do governo, na 10 Downing Street, ainda hoje. 

* Com informações da Associated Press