Morte brutal de menina reacende debate sobre imigração na França
Lola, de 12 anos, foi morta a facadas e teve o corpo abandonado em uma mala
A morte brutal de uma menina de 12 anos chocou a França nesta semana. Chamada apenas de Lola pela mídia local, a criança foi encontrada morta no fim da noite da última 6ª feira (14.out), horas depois de seu desaparecimento ser comunicado à polícia pelo pai.
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Duas pessoas foram presas. Uma mulher de 24 anos, que foi detida no sábado (15.out) e está em custódia sob a acusação de assassinato e estupro de menor; tortura; atos de barbárie;ocultação de cadáver, e um homem, de 43 anos, acusado de ajudar na ocultação do crime.
Identificada como Dahbia B., a suspeita é argelina e foi registrada por câmeras de segurança do prédio onde a criança morava. Ela aparece caminhando com Lola até um apartamente, e depois sai sozinha, carregando uma mala pesada, que foi encontrada abandonada no pátio de um prédio, com o corpo da vítima amarrado dentro. Ela tinha ferimentos de faca e sinais de violência sexual e, segundo o laudo médico, morreu de "insuficiência cardiorrespiratória com sinais de asfixia e compressão cervical".
Uma investigação judicial está em andamento para determinar o motivo do assassinato. Em coletiva de imprensa, o porta-voz do governo francês, Olivier Veran, afirmou estar "profundamente abalados diante do horror e da dor (da família)". Na 3ª feira (19.out), o presidente francês Emmanuel Macron recebeu os pais da menina no Palácio do Eliseu e expressou "condolências e ofereceu solidariedade e apoio".
O homicídio qualificado provocou um debate político vicioso no país. Isso porque a suspeita é uma imigrante que permaneceu no França apesar de uma ordem de deportação. Opositores ao governo, principalmente de partidos da extrema-direita, passaram a culpar a política de imigração de Macron, exigindo que o governo acabe com a "imigração descontrolada" no país.
* Com informações da Associated Press