EUA pedem 6 meses de prisão para ex-assessor de Donald Trump
Steve Bannon foi intimado por comitê do Congresso que investiga invasão ao Capitólio, mas não compareceu
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu nesta 2ªfeira (17.out) que Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump, cumpra seis meses de prisão por desafiar uma intimação do Comitê do Congresso que investiga a invasão do Capitólio, em janeiro de 2021.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Em junho deste ano, o comitê buscou o testemunho de Bannon sobre seu envolvimento nos esforços de Trump para derrubar a eleição presidencial de 2020, mas ele se recusou a prestar depoimento e não forneceu os documentos solicitados pela CPI. De acordo com o promotores federais, o aliado de longa data do ex-presidente "seguiu uma estratégia provocativa de má-fé e desprezo" e menosprezou publicamente o próprio comitê, minando o esforço para chegar ao fundo nas investigações que buscam explicar o que levou centenas de americanos a invidar o Capitólio, no dia em que a vitória de Joe Biden foi confirmada pelo Congresso.
A pressão do Departamento de Justiça ocorre logo depois que o comitê tomou a medida extraordinária na semana passada de intimar o próprio Trump, algo que os membros disseram ser necessário para obter a história completa do que aconteceu em 6 de janeiro de 2021. Não está claro como Trump responderá à convocação. mas uma recusa em cumprir poderia abrir um caminho semelhante no tribunal -- embora acusar um ex-presidente por desacato seja um processo sem precedentes.
Os advogados de Bannon, por sua vez, negam que ele tenha agido de má fé. Eles alegam que o cliente não compareceu ao Congresso porque outro advogado lhe disse para não ir após Trump alegar que o privilégio executivo se aplicaria. "Sr. Bannon agiu conforme seu advogado o aconselhou, não comparecendo e não entregando documentos neste caso. Ele não se recusou a obedecer", afirmou.
* Com informações da Associated Press