Manifestantes no Irã são enviados para centros psicológicos, diz ministro
Ação é feita para que "estudantes antissociais" sejam reeducados e voltem à escola
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O ministro da Educação do Irã, Yousef Nouri, revelou que estudantes detidos em manifestações anti-governo estão sendo enviados para "centros psicológicos". Segundo o político, a ação pretende evitar que os protestantes cumpram o tempo de punição em prisões e possam retornar à escola depois de serem reeducados.
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"Nesta situação e nesta fase, esses alunos podem se tornar personagens antissociais, e queremos corrigi-los", disse Nouri ao jornal iraniano Sharq. Apesar da afirmação, o ministro não confirmou o número de estudantes detidos até o momento.
Muitos alunos continuam participando dos protestos envolvendo Mahsa Amini, que morreu sob custódia policial após ter sido detida por usar o hijab - véu obrigatório no país - incorretamente, deixando partes do cabelo à mostra. Apesar da polícia afirmar que o óbito foi causado por "hipóxia cerebral", a família acredita que ela foi torturada.
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Agora, a população também pede que o uso obrigatório do hijab seja suspenso no país, bem como a discriminação e violência contra as mulheres. Os atos, no entanto, estão causando o aumento da repressão por parte do governo e, segundo grupos de direitos humanos, já resultaram na morte de mais de 80 pessoas.
Brave people who deserve better.
? Yonatan Gonen (@GonenYonatan) October 12, 2022
Large angry crowds in #Tehran tonight. #Mahsa_Amini #????_????? @IsraelPersian pic.twitter.com/Dp9bqPLkDj