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Porque Blinken visitou Colômbia, Chile e Peru

Americano disse que visita aos países da América do Sul foi motivada por necessidade de engajamento

Imagem da noticia Porque Blinken visitou Colômbia, Chile e Peru
Blinken fala à frente da bandeira dos Estados Unidos (Reprodução/TwitterSecBlinken)
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Interesse americano

Foi a semana seguinte às eleições no Brasil. Por aqui, duas de cada três perguntas em conversas informais nos bastidores são: "o que você acha que vai acontecer no segundo turno?" Os americanos demonstram interesse pelo processo eleitoral brasileiro. Oficialmente, o Departamento de Estado foi o primeiro a se pronunciar ainda no domingo à noite, dia 2. Antony Blinken parabenizou os eleitores e o processo eleitoral brasileiro em uma manifestação não comum mas que se demonstrou necessária pela administração Biden.

Correspondentes no Departamento de Estado (Patricia Vasconcelos/SBT News)
Correspondentes no Departamento de Estado | Patricia Vasconcellos/SBT News

Blinken com Petro, Boric e Castillo

O assunto não foi manchete nas publicações americanas durante a semana, mas o tour do Secretário de Estado americano pela América Latina merece atenção. Antony Blinken passou pela Colômbia, Chile e Peru e se reuniu com os presidentes de cada país. Falou sobre a necessidade de integração regional para controle da migração ilegal e troca de recursos para energia sustentável. Na Cúpula da OEA, em Lima, deu o recado sobre o apoio incondicional à Ucrânia e afirmou - durante viagem entre um país e outro - que os colombianos são exemplo de acolhimento e destinação de recursos para refugiados e imigrantes. Só não citou a recente abertura da fronteira colombiana com a Venezuela e o impacto que isso pode ter para o tema migração. 

Em um comunicado publicado na sexta, 7, Blinken escreveu um texto com o título "Porque eu estive na América do Sul esta semana". Falou em compartilhar prioridades no suporte das democracias e do respeito pelos direitos humanos e  combate à crise climática. Citou os regimes de Cuba, Nicarágua. Citou Maduro e explicou: "quero ser muito claro que isso não é sobre escolher entre direita e esquerda ou entre ser liberal ou conservador. É sobre colocar nosso comprometimento com a democracia acima de ideologias ou partidos".

Saia justa diplomática?

Durante a semana, questionei o porta-voz adjunto do Departamento de Estado se a troca de prisioneiros entre Estados Unidos e Venezuela anunciada no dia 1 de outubro configura uma saia justa diplomática uma vez que os americanos não reconhecem Nicolás Maduro e ao mesmo tempo se veem obrigados a negociar com ele este tipo de situação. "O importante aqui é que queremos que os americanos saibam que não temos maior prioridade que sua segurança. Assegurar a libertação e reuni-los com suas famílias é uma das maiores prioridades desta administração e estamos engajados no tema de prisões equivocadas e isso é algo que continuaremos a fazer de forma intensiva", respondeu diplomaticamente Vedant Patel. Sete cidadãos americanos - cinco executivos, um fuzileiro naval aposentado e um cidadão da Flórida - detidos de forma arbitrária na Venezuela foram soltos em troca da libertação de dois venezuelanos - sobrinhos da esposa de Maduro - presos e condenados por tráfico nos Estados Unidos. Em uma ação parecida, de troca, o governo americano ainda tenta a libertação, na Rússia, da jogadora de basquete Brittney Griner. 

Jardim de outono

Por dois dias, quem se inscreveu em um tour gratuito neste outono teve a oportunidade de conhecer os jardins da Casa Branca. Além do famoso Rose Garden - um dos temas desta coluna na semana passada - foi possível ver lugares com acesso restrito. Um deles, o "kitchen garden" (jardim da cozinha), com árvores frutíferas. Uma criação da ex-primeira dama Michelle Obama em 2009. Cada ex-presidente deixou na área verde no entorno da residência oficial uma contribuição. Jimmy Carter escolheu plantar, em 1978, um cedro-do-líbano. A árvore presente na bandeira daquele país foi um presente que Carter recebeu do então embaixador libanês naquele ano. A ex-primeira dama Rosalynn Carter escolheu uma das mais belas árvores do jardim, a Japanese threadleaf maple, com troncos retorcidos e folhas que vão até o chão. Na varanda da residência oficial americana, uma banda militar recebeu os visitantes. Entre a seleção musical, ritmos variados que incluíram até a trilha sonora de Star Wars.

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