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Após decisão da Suprema Corte, 66 clínicas pararam de fazer abortos nos EUA

Segundo levantamento, número de instituições caiu de 79, em junho, para 13 em outubro

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Nos Estados Unidos, o direito ao aborto baseava-se na jurisprudência Roe vs. Wade, de 1973 | Unsplash
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Um levantamento do Instituto Guttmacher, divulgado nesta 5ª feira (6.out), apontou que 66 clínicas em 15 estados dos Estados Unidos foram forçadas a suspender a realização de abortos desde junho. A data se refere à derrubada da jurisprudência Roe vs. Wade, pela Suprema Corte, que garantia o acesso ao procedimento legal no país.

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Segundo os dados, o número de clínicas que fornecem abortos caiu de 79, em junho, para 13, em outubro. Entre as clínicas que suspenderam o serviço, 40 ainda oferecem atendimentos além do aborto, enquanto 26 foram fechadas. A maioria das clínicas concentra-se nas regiões centro-oeste e sul, como Ohio, Indiana e Carolina do Sul.

Dos estados analisados, apenas a Geórgia continua com instituições que fornecem o aborto. O cenário, no entanto, pode mudar rapidamente, uma vez que o governo está estudando impor a proibição ao procedimento a partir de seis semanas de gestação. 

"Muito mais pesquisas precisarão ser conduzidas para compreender toda a extensão do caos, confusão e dano que a Suprema Corte dos EUA desencadeou sobre as pessoas que precisam de abortos, mas o quadro que está começando a emergir deve alarmar qualquer um que apoie a liberdade reprodutiva e o direito à autonomia corporal", diz o relatório.

Gráfico de estados com políticas de aborto | Reprodução/Instituto Guttmacher

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Pelas redes sociais, o presidente Joe Biden alertou para o aumento de clínicas clandestinas no país, o que pode desencadear um novo problema de saúde nacional. "A decisão de derrubar Roe v. Wade nunca iria parar com o direito de escolha da mulher. O Congresso deveria codificar as proteções de Roe de uma vez por todas", escreveu.

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