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Quem é Giorgia Meloni, primeira-ministra de extrema-direita da Itália

Liderada por Meloni, a coalizão de direita venceu as eleições gerais de domingo (25.set); Ela será a primeira mulher a assumir o cargo

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Giorgia Meloni
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Resultados preliminares da votação de domingo (25.set), na Itália, demonstram que o partido com origens neofascistas, Irmãos da Itália, de Giorgia Meloni, obteve entre 41%-45% de votos, contra 25%-29% do bloco de esquerda, liderado por Enrico Letta.

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Caso o resultado se concretize, Meloni, de 45 anos, não será somente a primeira mulher a tornar-se premiê da Itália, ela também será o rosto do retorno da extrema-direita ao poder, quase um século depois da Marcha sobre Roma do ditador fascista Benito Mussolini, em 1922. 

Quem é Giorgia Meloni?

Ministra da Juventude durante o último governo de Silvio Berlusconi (2008-2011), do partido de centro-direita Forza Italia, a vida política de Giorgia Meloni teve início ainda em sua juventude, quando aos 15 anos se juntou a um braço jovem do Movimento Social Italiano (MSI), um partido neofascista italiano reconfigurado por Gianfranco Fini nos últimos anos para tornar-se uma face moderada da direita italiana sob o nome Aliança Nacional.

De acordo com o livro de memórias lançado pela própria Meloni em 2021, "I Am Giorgia", a ideia para a criação do partido Irmãos da Itália, do qual é co-fundadora, ocorreu logo após a renúncia de Berlusconi. Eles se recusaram a apoiar o governo de Mario Monti (2011-2013), escolhido pelo presidente da Itália para tentar formar um governo tecnocrático para tranquilizar os mercados financeiros internacionais na época. E também não apoiaram o governo de unidade nacional de Mario Draghi (2021-2022), que entrou em colapso no mês passado, ao ser abruptamente abandonado pelos partidos de direita que faziam parte da coalizão, antecipando as eleições legislativas do país de outubro para setembro. 

Com a ajuda do partido de direita Liga, liderado por Matteo Salvini, e o partido de centro-direita de Berlusconi, o Irmãos da Itália conseguiu formar uma coalizão que impulsionou Giorgia ao cargo de primeira-ministra nas eleições de 25 de setembro. Ela promete políticas familiares para aumentar a taxa de natalidade no país, cortes de impostos e maiores restrições em relação aos imigrantes que cruzam o Mar Mediterrâneo. 

Nacionalista, Meloni defende a aliança da Otan, mas é contra a União Europeia. Por vezes acusou o bloco de violar a soberania da Itália, e defende rever os seus tratados. A nova primeira-ministra também se descreve como uma força que está salvaguardando a identidade cristã da Europa, sendo bastante critica as "teorias de gênero". Ela também é contra o aborto.

Com sua ascensão ao poder, há preocupação com o apoio que a Itália dará aos governos de direita na Hungria e na Polônia, que tem agendas profundamente conservadoras, e de um possível retrocesso democrático na UE.

De sua parte, Meloni diz que "se oporá ferozmente a qualquer tendência antidemocrática".

* Com informações da Associated Press

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