Taiwan afirma contra-ataque caso China viole espaço aéreo ou marítimo
Exercícios militares no entorno da ilha aumentam as tensões entre os países
Camila Stucaluc
Autoridades de Taiwan afirmaram, nesta 4ª feira (31.ago), que o exército local está pronto para realizar manobras de contra-ataque caso a China viole o espaço aéreo ou marítimo do país. A declaração acontece em meio aos recentes exercícios militares chineses no entorno da ilha devido à reivindicação do território por Pequim.
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"Usaremos as forças navais e aéreas e o fogo costeiro para repelir as forças do EPL [Exército Popular de Libertação da China] que entrem em nossas zonas de 24 milhas náuticas e 12 milhas náuticas", disse o general Lin Wen-huang, diretor de operações e planejamento de divisão do ministério da Defesa.
Segundo ele, o contra-ataque de Taiwan estará de acordo com o direito de autodefesa, uma vez que a China apresenta ameaça à ilha. Isso porque, no início do mês, Pequim subiu o tom e alertou que está preparado para reunificar as regiões mesmo que na base da força. A advertência aconteceu poucos dias após o início dos exercícios militares no entorno da ilha.
Como resposta, o governo de Taiwan anunciou um orçamento de defesa recorde para o próximo ano, no valor de US$ 13,7 bilhões. A cifra, que representa um aumento de 13% em relação ao último ano, abrange a aquisição de novos caças e outros equipamentos militares para assegurar a defesa do país.
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"As ambições da China não se limitam a Taiwan. Pequim está buscando expandir sua influência política, econômica e militar através de sua Iniciativa belt and road implantada em países como Bangladesh, Camboja, Djibouti, Mianmar, Paquistão e Sri Lanka. Devemos trabalhar juntos para conter a expansão autoritária", disse o ministro das Relações Exteriores, Jaushieh Joseph Wu.