Justiça recusa divulgar motivo de mandados de buscas em mansão de Trump
Segundo governo, declaração serviria como um roteiro para investigação em andamento do FBI
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos recusou, na 2ª feira (15.ago), divulgar o documento judicial que resultou no mandado de busca e apreensão na mansão do ex-presidente Donald Trump, na Flórida. A entidade justificou que o material contém informações "altamente confidenciais", uma vez que há o depoimento de testemunhas, e que a divulgação poderia atrapalhar o andamento das investigações.
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"Se divulgada, a declaração serviria como um roteiro para a investigação em andamento do governo, fornecendo detalhes específicos sobre sua direção e curso provável, de uma maneira que é altamente provável que comprometa futuras etapas investigativas, que envolvem a segurança nacional", escreveu o governo no processo judicial.
A oposição do governo veio em resposta a um pedido de veículos de comunicação internacionais e congressistas para tornar público o documento. Na 2ª feira (8.ago), dia das buscas, os agentes federais informaram que estavam investigando possíveis violações de três leis federais diferentes, incluindo uma que rege a coleta, transmissão ou perda de informações de defesa sob a Lei de Espionagem.
Pelas redes sociais, Trump afirmou que o Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) apreendeu três passaportes durante a operação, juntamente com os demais documentos. "Esse é um ataque a um adversário político em um nível nunca antes visto em nosso país. Terceiro Mundo", disse.
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Além das investigações do FBI, o ex-presidente também está na mira da Comissão que apura a invasão ao Capitólio, em janeiro de 2021. Na última sessão, no fim de julho, os integrantes consideraram que Trump deve ser culpado pelo ataque, uma vez que o político "abriu caminho para a anarquia e corrupção" e não interviu nas ações, mesmo com o apelo de conselheiros e familiares.