Espanha confirma segunda morte por varíola dos macacos
Mundo já registra 8 óbitos pela doença; OMS emitiu alerta para evitar avanço do surto
Louana Pereira
A Espanha confirmou neste sábado (30.jul) a segunda morte relacionada à varíola dos macacos. Com o primeiro óbito registrado, na 6ª feira (29.jul), no Brasil, e os casos nos países da África, já são oito mortos no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta para evitar o avanço da doença.
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Os principais sintomas da varíola dos macacos, ou monkeypox em inglês, são febre, dor no corpo, cansaço, inchados conhecidos como ínguas, acompanhados de lesões na pele, que começam com manchas e evoluem para bolhas.
"A principal forma de transmissão é o contato direto com a lesão, mas existem outras formas, como o contato prolongado com gotículas geradas pela pessoa doente. [Além disso] existem formas de transmissão indireta, por meio do contato com superfícies ou roupa de cama ou contaminadas", explicou o infectologista André Bon em entrevista ao SBT.
Quanto o grupo que está mais suscetível à contaminação, o especialista acrescenta, "não existe um tipo ou alguém que seja mais suscetível. Existem algumas características epidemiológicas que fazem com que um grupo de pessoas tenha mais exposição. Então, por exemplo, pessoas que tenho parceiros sexuais casuais ou grandes números de parceiros sexuais casuais parceiros ou parceiras tem maior risco de adquirir monkeypox". Segundo Bon, pacientes que vivem em áreas rurais também não são mais suscetíveis a pegar a doença. "A varíola não tem nenhuma relação com a área rural tampouco com os macaquinhos ou com os animais silvestres".
O último balanço do Ministério da Saúde confirma mais de 1.257 casos da doença no país. O estado com o maior número de infectados é São Paulo, com 970 casos, seguido pelo Rio de Janeiro, com 139, e Minas Gerais, com 49. Atualmente, o Brasill tem apenas quatro laboratórios de referência para análise de amostras suspeita da varíola dos macacos, todos concentrados na região sudeste. O Ministério da Saúde começou um planejamento para capacitar unidades estaduais para fazer o diagnóstico. No Distrito Federal, o governo comprou insumos para realizar os exames, cujos resultados devem ficar disponíveis em até 48 horas.