Rússia vê adesão da Suécia e Finlândia à Otan como "desestabilizadora"
Segundo ministro, expansão da aliança militar não acrescenta segurança nos assuntos internacionais
Camila Stucaluc
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, afirmou que o governo vê como "desestabilizador" os planos de adesão da Suécia e Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A declaração acontece após a aliança formalizar a candidatura dos países, que deve ser ratificada pelos 30 parlamentos dos países-membros.
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"Consideramos a expansão da aliança do Atlântico Norte como um fator puramente desestabilizador nos assuntos internacionais. Ela não acrescenta segurança nem aos que a estão expandindo, nem aos que se juntam a ela, nem a outros países que percebem a aliança como uma ameaça", disse Ryabkov.
A fala do ministro, no entanto, contradiz as declarações do presidente russo Vladimir Putin. Durante visita ao Turcomenistão, na Ásia, o chefe de Estado disse "não ver problemas" na eventual integração, uma vez que Moscou não possui diferenças territoriais com os países como possui com a Ucrânia. "Podem aderir ao que quiserem", afirmou.
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Evitar a expansão da Otan no leste europeu foi um dos principais motivos para a invasão russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro, que havia expressado interesse na aliança. Apesar de não expressar preocupação, Putin alertou que se contingentes e infraestruturas militares fossem mobilizados para as fronteiras, o país seria "obrigado a responder de forma simétrica".