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Turquia retira oposição à entrada de Suécia e Finlândia na Otan

Governo turco barrava candidaturas por não concordar com abrigo oferecido pelos países a separatistas curdos

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Organização do Tratado do Atlântico Norte
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Após uma intensa rodada de negociações, a Turquia concordou em apoiar as candidaturas da Finlândia e da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan. O anúncio foi feito nesta 3ª feira (28.jun) pelo secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, durante uma cúpula da organização em Madri, na Espanha.

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"Tenho o prazer de anunciar que agora temos um acordo que abre caminho para a Finlândia e a Suécia se juntarem à Otan", informou Stoltenberg aos jornalistas. O encontro entre líderes dos países membros da aliança teve início nesta 2ª feira e vai até 5ª feira (30.jun).

Desde a sinalização de interesse dos países nórdicos em ingressarem na Otan, poucas semanas após a invasão da Ucrânia pela Rússia, a Turquia vinha manifestando forte oposição a ambas candidaturas, principalmente, por não concordar com o fato de ambas as nações abrigarem separatistas curdos.

Desta forma, uma das principais reivindicações do governo turco foi de que os dois países parassem de apoiar militantes curdos em seus territórios e que fossem suspensas restrições à venda de armas para a Turquia.

O acordo também inclui maior rapidez no processamento dos pedidos de extradição de supostos militantes cudos, requisitados pelo governo turco, e um endurecimento das leis suecas e finlandesas para o tratamento dessas populações.

Apesar das demandas apresentadas pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, os países conseguiram costurar um acordo para avançar com o ingresso das nações nórdicas na organização. "Turquia, Finlândia e Suécia assinaram um memorando que aborda as preocupações da Turquia, inclusive em torno das exportações de armas e da luta contra o terrorismo", indicou Jens Stoltenberg.

Vale lembrar que, em diversas ocasiões, a Rússia sinalizou que, apesar de possuir qualquer animosidade em relação à Finlândia e à Suécia, irá responder a uma possível expansão da infraestrutura militar da Otan nos dois países.

"Não há ameaça imediata para nós... Mas a expansão da infraestrutura militar para esses territórios certamente causará nossa resposta, e veremos qual será com base nas ameaças que serão criadas para nós. Ou seja, de fato, os problemas são criados do zero. Bem, responderemos de acordo", alertou o presidente russo Vladimir Putin, em maio deste ano, durante reunião com países membros da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), que faz oposição à Otan.

Além da Rússia, a OTSC é composta por Belarus, Armênia, Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão.

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