Varíola dos macacos não é emergência global neste momento, conclui OMS
De acordo com o diretor-geral da entidade, entretanto, doença representa "ameaça à saúde em evolução"
Guilherme Resck
O Comitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que a varíola dos macacos não constitui, neste momento, uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), de acordo com anúncio feito no sábado (26.jun) pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. Entretanto, acrescentou Tedros, "reconheceram que a própria convocação do comitê reflete a crescente preocupação sobre a propagação internacional da varíola".
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Na reunião para deliberar sobre o assunto, o grupo se mostrou seriamente preocupado em relação à escala e a velocidade do surto da doença e analisou que ainda há muitas incógnitas nos dados atuais. Além disso, destacou que o vírus circula em vários países africanos há décadas e, no que diz respeito a pesquisa, atenção e financiamento, vem sendo negligenciado. O comitê se colocou à disposição para ser convocado outra vez para analisar o surto, se apropriado.
Conforme Tedros, a varíola dos macacos representa "uma ameaça à saúde em evolução", que a OMS acompanha "de perto". "Requer nossa atenção coletiva e ação coordenada agora para impedir a propagação do vírus da varíola dos macacos usando medidas de saúde pública, incluindo vigilância, rastreamento de contatos, isolamento e atendimento de pacientes, e garantir que ferramentas de saúde, como vacinas e tratamentos, estejam disponíveis para populações em risco e compartilhado de forma justa", completou.
Ele se disse "profundamente preocupado com a disseminação da varíola". Até sábado, ela foi identificada em mais de 50 países, em cinco regiões da Organização Mundial da Saúde. Eram 3 mil casos no total, registrados a partir de maio.
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