Conflitos étnicos deixam mais de 100 mortos no Sudão
Além disso, 14 vilas foram destruídas na região de Darfur
Anderson Scardoelli
O Sudão serviu de palco para um massacre no último fim de semana. De acordo com a imprensa local e agências de notícias internacionais, 117 pessoas foram assassinadas em meio a conflitos étnicos na região de Darfur, no oeste do país africano.
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Fora as mortes, os conflitos realizados nos últimos dias provocaram destruição na parte de infraestrutura. Isso porque 14 vilas teriam sido totalmente destruídas durante lutas entre grupos árabes contra não árabes.
A situação do Sudão foi publicamente lamentada pelo representante da Organização das Nações Unidas (ONU) para o país, o diplomata alemão Volker Perthes. Ele classificou o caso como "inaceitável".
"Chocados, mais uma vez, com a violência em Kulbus, Darfur Ocidental, com tantas mortes. O ciclo de violência em Darfur é inaceitável e destaca as causas profundas que devem ser abordadas", afirmou Perthes. "Apelo aos líderes comunitários, autoridades e grupos armados para diminuir a escalada e garantir a proteção dos civis", prosseguiu, em mensagem divulgada pelo Twitter.
Appalled, again, by the violence in Kulbus, West Darfur, with so many deaths. The cycle of violence in Darfur is unacceptable & highlights root causes that must be addressed. I call on community leaders, authorities, armed groups to de-escalate and ensure protection of civilians.
Volker Perthes (@volkerperthes) June 13, 2022
Quase 20 anos de conflitos na região
A região de Darfur é responsável pelas fronteiras do Sudão com Líbia, Chade e República Centro-Africana. O conflito do último fim de semana está longe de ser novidade. O local convive com conflitos étnicos desde 2003, informa a ONU. De acordo a entidade, as estimativas dão conta de que mais de 300 mil pessoas já tenham morrido desde o início dos confrontos.