Moção de desconfiança é rejeitada e Boris Johnson continuará como premiê
Votação no Parlamento britânico veio após o chamado escândalo "Partygate"
Guilherme Resck
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, continuará no cargo. Não houve votos suficientes, no Parlamento britânico, para que a moção de desconfiança contra o premiê fosse aprovada. Dentre os 359 parlamentares conservadores, ele obteve apoio de 211 na votação, ante 148 contrários, sendo que eram necessários 180 no segundo grupo para que a moção fosse aprovada.
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As informações são da Associated Press. A votação veio após o chamado escândalo "Partygate", que engloba alegações de festas e reuniões na sede do governo durante vários estágios do período de confinamento para conter a pandemia de covid-19. Há a suspeita de que, no total, 12 festas tenham sido organizadas em Downing Street, burlando as restrições sanitárias.
De acordo com a AP, a maioria dos observadores políticos previu que a moção não seria aprovada, porque não há um candidato claro para suceder Johnson, mas a margem de vitória dele é inferior da obtida pela ex-premiê Theresa May, sua antecessora, em uma votação parecida em dezembro de 2018. Ela renunciou ao cargo em maio de 2019.
O escritório de Boris Johnson em Downing Street classificou a votação desta 2ª como "uma chance de encerrar meses de especulação e permitir que o governo estabeleça uma linha e siga em frente". Antes de ela ser feita, o premiê disse a dezenas de parlamentares conversadores -- em uma sala da Câmara dos Comuns -- que os levaria à "vitória novamente" e que, hoje, teria a "chance de acabar com o foco da mídia na liderança do Partido Conservador". Naquele momento, tentava obter apoio.
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