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Varíola dos macacos pode ser contida se agirmos agora, diz OMS

Apesar de não aconselhar vacinação em massa, entidade alerta para detecção precoce e isolamento de casos

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Doença pode ser transmitida por contato próximo com lesões, fluidos corporais e materiais contaminados | Cosems-SP
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A diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Preparação Global para Riscos Infecciosos, Sylvie Briand, alertou, nesta 6ª feira (27.mai), que os países devem agir agora para conter a propagação da varíola dos macacos. Segundo ela, o compartilhamento de dados sobre a doença e o estoque de vacinas são essenciais para frear os contágios.

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"Achamos que, se implementarmos as medidas corretas agora, provavelmente podemos conter isso [a varíola dos macacos] facilmente. Para nós, a principal prioridade atualmente é tentar conter essa transmissão em países não endêmicos", disse Sylvie em um comunicado técnico direcionado à comunidade internacional.

Atualmente, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças calcula 219 casos confirmados da doença no mundo, contando apenas os países onde o vírus não é habitual. A maioria das notificações é registrada em países europeus, como Reino Unido, Espanha e Portugal, mas também engloba casos nos Estados Unidos, Austrália e Emirados Árabes.

Apesar do rápido crescimento de infecções, a OMS não aconselha ainda a vacinação em massa, sugerindo, por hora, a aplicação em apenas grupos específicos - profissionais de saúde e idosos. Para conter os casos, as medidas necessárias incluem a detecção precoce, isolamento de casos e rastreamento de contatos.

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma doença silvestre com infecções humanas acidentais. O vírus pertence à família do orthopoxvirus e pode ser transmitido pelo contato com as fezes do animal. O período de incubação é de seis a 13 dias, mas pode ser alterado para cinco a 21 dias. 

Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, calafrios, cansaço e erupções cutâneas. Apesar de a varíola dos macacos ser muito mais branda que a varíola em humanos, com a maioria dos infectados se recuperando em poucas semanas, ela pode ser fatal em poucos casos. 

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