Pfizer anuncia venda de medicamentos a preço de custo para países pobres

A farmacêutica Pfizer anunciou, nesta quarta-feira (25.mai), que irá vender medicamentos e vacinas a preço de custo para países mais pobres. A iniciativa, que engloba os estoques dos Estados Unidos e União Europeia, prevê fornecer fórmulas para câncer, inflamações, doenças raras, saúde da mulher e doenças infecciosas, como a Covid-19.

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Segundo Angela Hwang, presidente do Pfizer, cinco países já se comprometeram a aderir ao projeto, sendo Ruanda, Gana, Malawi, Senegal e Uganda. Além deles, outras 40 nações são elegíveis para assinar acordos bilaterais para participar da resolução.

"Isso facilitará o acesso a certos tratamentos essenciais e esperamos que permita um melhor combate às doenças indicadas, que incluem a covid, bactérias resistentes a antibióticos, doença meningocócica, encefalite provocada por carrapato e doenças pneumocócicas", disse Amesh Adalja, funcionário do Johns Hopkins Center for Health Security.

Os países em desenvolvimento sofrem com cerca de 70% das doenças do mundo e recebem apenas 15% dos gastos globais com saúde, o que reflete na proliferação de doenças na população. Na África Subsaariana, por exemplo, uma em cada 13 crianças morre antes de completar cinco anos, ante uma em cada 199 em países de alta renda.

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O cenário se deve a problemas de cadeias de suprimentos e sistemas de saúde precários, que dificultam o acesso dos pacientes aos produtos depois de aprovados. Em geral, medicamentos e vacinas essenciais levam de quatro a sete anos a mais para chegar aos países mais pobres, em comparação com os mais ricos.