EUA: Iraquiano é preso acusado de planejar assassinato de George W. Bush
Suspeito havia solicitado asilo político no país e revelou plano, sem saber, para informante do FBI
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Um iraquiano foi preso, nesta 3ª feira (24.mai), em Columbus, no estado de Ohio, acusado de planejar o assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Segundo comunicado do Departamento de Justiça dos EUA, Shihab Ahmed Shihab, de 52 anos, chegou ao país em setembro de 2020, com visto de visitante, e em março de 2021, pediu asilo político, quando seu visto expirou.
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De acordo com a denúncia, a conspiração teria sido descoberta depois que o próprio Shihab revelou, sem saber, seu plano a um informante do FBI. Na conversa, o iraquiano teria indicado sua intenção em introduzir, ilegalmente, pelo menos outros 4 compatriotas nos EUA, por meio da fronteira com o México, para que juntos pudessem colocar realizar o assassinato. As declarações feitas ao interlocutor do FBI foram juramentadas pelo próprio órgão de segurança, diante do Tribunal Federal de Columbus, Ohio.
O suspeito também teria revelado à fonte da polícia federal norte-americana que dois de seus comparsas seriam ex-agentes da Inteligência Iraquiana, e os demais seria membros do grupo Estado Islâmico, ou de outro grupo extremista sediado no Catar, ao qual Shihaba se referia como "Aal-Raed".
No diálogo, Shihab revelou que a motivação do grupo para assassinar George W. Bush seria a invasão dos Estados Unidos ao Iraque, que ocorreu durante o mandato de Bush, em 2003. Segundo ele, o ex-presidente era o "responsável pelo assassinato de muitos iraquianos e pelo colapso de todo o Iraque".
Ainda segundo a investigação, durante a elaboração do plano, o iraquiano e o informante do FBI chegaram até mesmo a vigiar locais ligados a Bush, em Dallas, Texas, e a discutir meios para obter armas e uniformes de segurança, para se infiltrarem na equipe do político.
Shihab Ahmed Shihab foi detido e acusado em um tribunal federal, nesta 3ª feira, pelos crimes de imigração e cumplicidade na tentativa de assassinato de um ex-funcionário do Governo dos Estados Unidos. Ele deve passar por uma nova audiência, na 6ª feira (27.mai), e se condenado, pode pegar até 30 anos de prisão, além de cerca de US$ 500 mil em multas.
** Com informações da Associated Press