Hungria não pretende interromper importações do petróleo russo
Primeiro-ministro do país ameaçou vetar a medida proposta pela União Europeia
Victoria Nogueira Rosa
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou, nesta 6ª feira (06.mai), que pode não apoiar a última proposta de sanções da União Europeia contra a Rússia.
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Segundo o político, renunciar ao petróleo russo em um prazo curto pode ser uma "bomba atômica" para a economia húngara. Atualmente, o país importa 85% do gás natural e 60% do petróleo produzido pelo território comandado por Vladimir Putin.
Orbán, que é aliado do líder russo, ameaçou vetar a medida. Ele negocia concessões com a União Europeia, na qual a Hungria faz parte. Em entrevista a uma rádio estatal, o primeiro-ministro também declarou que a conversão das refinarias e oleodutos do país para outras fontes energéticas levaria cinco anos, exigindo grandes investimentos.
O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, disse, nesta 6ª (6.mai), que o bloco considera oferecer um prazo maior e mais dinheiro à Hungria para que o país se adapte às sanções.
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