Em meio à crise entre poderes, Bolsonaro diz que vai auditar eleições
Após declaração do presidente, TSE afirma que auditoria é prevista na legislação eleitoral
Em meio à crise entre os Três Poderes, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, durante live desta 5ª feira (5.mai), que o PL vai auditar de forma independente as eleições.
"Tive com o presidente do PL há poucos dias e, como está na legislação, nós contrataremos uma empresa para fazer auditoria nas eleições. Deixo claro, até já adianto ao TSE: essa auditoria não vai ser feita após eleições, uma vez ela contratada, a empresa já começa a trabalhar. A empresa vai pedir ao TSE uma quantidade grande de informações, ela vai pedir às FA [Forças Armadas] o trabalho que as FA fez até agora", disse.
No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta, por meio de nota, que o pedido de auditoria do PL está previsto na legislação eleitoral e que qualquer partido e cidadão pode fazer sua própria auditoria pelo Registro Digital do Voto (RDV).
"A fiscalização das eleições está prevista nos artigos 65 a 72 da Lei n° 9.504 de 30 de setembro de 1997, conhecida como Lei das Eleições. Os partidos políticos podem fazer suas próprias auditorias pelo Registro Digital do Voto (RDV). Lembramos, ainda, que qualquer cidadão pode fazer sua própria auditoria por meio do Boletim de Urna, emitido pelo mesário ao final da votação e divulgado nas seções eleitorais e no site do TSE", ressalta a nota.
O presidente Jair Bolsonaro ainda completou que se os custos para contrato com a auditoria forem muito altos, outros partidos vão ajudar no pagamento dos gastos.
"Se o custo ficar muito caro, a gente vai pedir socorro a outro partido que deve estar conosco nessa empreitada. As eleições tem que ser realizadas sem qualquer sombra de dúvidas, afinal de contas, é o momento do TSE mostrar para o mundo que temos um sistema mais confiável do mundo no tocante às eleições. Inclusive, vamos dar parabéns para Bangladesh e Butão. São os dois únicos países que fazem eleições com esse sistema eleitoral"Se o custo ficar muito caro, a gente vai pedir socorro a outro partido que deve estar conosco nessa empreitada. As eleições tem que ser realizadas sem qualquer sombra de dúvidas, afinal de contas, é o momento do TSE mostrar para o mundo que temos um sistema mais confiável do mundo no tocante às eleições. Inclusive, vamos dar parabéns para Bangladesh e Butão. São os dois únicos países que fazem eleições com esse sistema eleitoral", afirmou.
Bolsonaro ainda é alvo de um pedido da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos que solicitou que o presidente brasileiro não questione o processo eleitoral do Brasil. Bolsonaro nega esse pedido.
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