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"Duna" domina o Oscar 2022 e leva estatuetas em seis categorias

A mega-produção tinha 10 indicações e foi um dos grandes destaques da noite

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A ficção-científica "Duna" foi a produção que mais ganhou troféus nessa noite do Oscar. Indicado em 10 categorias, o filme foi premiado com seis estatuetas: Melhor design de produção, edição, trilha sonora, som, fotografia e efeitos visuais.

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Dentre os donos das estatuetas estão: Hans Zimmer, pela trilha sonora. Zimmer já recebeu na carreira 12 indicações e é um dos mais famosos músicos da atualidade. Já foi indicado por "Interstellar", "Inception", "Gladiador", entre outros. Este foi o segundo Oscar que ele ganhou, o primeiro foi por "Rei Leão", em 1995.

Greig Fraser, levou a estatueta de melhor fotografia, que era uma das mais disputadas da premiação. Ele ganhou muito destaque em Hollywood depois de fazer a direção de fotografia de Rogue One: A Star Wars Story. E não dá pra negar que ele deixou Duna com cara de Star Wars.

Mais uma adaptação

"Duna" foi baseado no primeiro livro da saga de Frank Herbert, escrito em 1965 e reconhecido como uma das obras mais influentes da ficção científica e fantasia, tendo inspirado boa parte do que consumimos hoje no gênero, incluindo "Star Wars".

Em 1984 David Lynch já havia feito uma adaptação de "Duna", porém com roteiro confuso teve péssima aceitação de crítica e público.

Já era esperado que o filme arrecadasse a maior quantidade de troféus. "Ataque dos Cães", que era o único filme que tinha mais indicações, 12 no total, levou apenas um, de Melhor Direção.

Sobre Duna

O SBT News participou, em Los Angeles, de uma conversa com o cineasta Denis Villeneuve, que traz no currículo filmes como "Sicario: Terra de Ninguém", "A Chegada" e ``Blade Runner 2049". Villeneuve contou que optou por dividir o primeiro livro da saga em dois filmes por causa da quantidade de detalhes e informações contidos nas mais de 800 páginas da obra original.

"Eu li o livro quando eu tinha 13 anos e quando eu conversei com toda minha equipe pela primeira vez eu deixei claro que eu queria trazer para tela as mesmas imagens e sentimentos que eu criei na minha mente quando li a obra há quase 40 anos. Eu queria que os fãs do livro, eu sou um deles, se conectassem e reconhecessem as cores, os cheiros e as emoções que estão nas páginas. Um dos maiores desafios era honrar aquele adolescente que fui um dia com o livro na mão", contou o cineasta.

Villeneuve falou ainda que ele dividiu essa responsabilidade com outro artista que quando adolescente se deslumbrou com o poder do livro, o compositor Hans Zimmer, responsável pela fantástica trilha sonora que vai dos mais altos timbres ao silêncio pontiagudo. 

A trama cheia de detalhes profundos

Neste primeiro filme, a trama leva o espectador ao imenso universo de Duna e apresenta a poderosa família Atreides que está para assumir o controle do planeta Arrakis. Nos situa no deserto de Arrakis, com dunas repletas de 'especiarias' mas também cheio de armadilhas, vermes gigantes que habitam a aridez junto com um povo esquecido pelo império.  

Apesar da história original ter sido escrita há quase 60 anos e ser cheia de elementos futuristas e fantásticos, os temas como herança, intriga e conspiração política, disputa pelo poder, luta popular, angustiante amadurecimento, guerras por recursos e exploração, são sempre mais do que atuais.

"De uma maneira estranha e triste os assuntos abordados no livro são mais relevantes hoje do que na época que foi escrito. Há a exploração dos recursos naturais, as dramáticas mudanças climáticas que transformam ecossistemas, a mistura de figuras messiânicas com política colocando religião e política juntas. Com tudo o que a gente vê acontecendo no mundo, hoje podemos até dizer que o livro é meio profético", fala Villeneuve.

Vem aí, Duna 2

Em uma jogada corajosa e arriscada, o canadense fez o primeiro longa - superprodução que consumiu US$ 165 milhões - antes mesmo que a segunda parte, ou seja, o final da história, fosse aprovada pelo estúdio. Agora, já com a previsão de ser lançada em 2023.

"Eu fico super nervoso pensando nessa parte dois. Tenho a pressão, a ansiedade, eu não durmo, e isso é normal. Mas também é muito divertido. Eu tenho a responsabilidade nas mãos de que os fãs do livro reconheçam a história, mas também os que nunca viram nada a respeito se sintam à vontade. Achar esse equilíbrio é complicado, mas acho que encontrei", conta.

"Duna" tem distribuição da Warner no Brasil e está no catálogo da HBO Max.

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