Rússia anuncia retirada de mais tropas da fronteira com a Ucrânia
Forças militares devem deixar o local por trens a partir da pela península da Crimeia
O ministério da Defesa da Rússia informou, nesta 6ª feira (18.fev), que iniciou os processos de retirada de mais partes da força militar posicionada na fronteira com a Ucrânia. Segundo a pasta, o recuo, que conta com soldados, tanques e armamentos, será feito por parte da península da Crimeia.
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"Outro trem militar com soldados e material que pertence a unidades de tanques do exército do distrito militar do oeste está retornando para suas bases permanentes na região de Nizhny Novgorod" afirmou o ministério em um comunicado. Após o processo, todas as tropas serão destinadas para as unidades militares do país.
Segundo um levantamento dos Estados Unidos, mais de 100 mil soldados russos estavam posicionados na fronteira com a Ucrânia, além de tanques de guerra, navios e armamentos. Apesar do governo russo negar a intenção de invadir o país, líderes mundiais continuam temendo um possível confronto militar, que pode resultar na morte de milhares de pessoas.
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Mais cedo, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, confirmaram um encontro diplomático na próxima semana para amenizar a tensão com a Ucrânia. A conversa, no entanto, deverá acontecer apenas se a Rússia não avançar com o plano de invasão.
Bombardeios
Nesta manhã, o exército da Ucrânia e os separatistas pró-Rússia trocaram acusações sobre novos bombardeios no leste do país, que violaram o cessar-fogo na região, em vigor desde 2015. As forças ucranianas alegam um ataque a uma creche local, enquanto o grupo pró-Moscou relata 27 disparos por parte do exército da Ucrânia. Tal situação, segundo as autoridades, pode aumentar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, na medida em que novos acordos diplomáticos tentam ser realizados.
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