Rússia X Ucrânia: líderes pedem medidas reais de desescalada russa
Comunidade internacional continua alertando governo russo sobre graves consequências em caso de invasão
As relações entre a Rússia e a Ucrânia continuam tensas. Mesmo com o anúncio do presidente russo, Vladimir Putin, sobre a retirada parcial das tropas militares da fronteira com o país, líderes mundiais alertam para a falta de compromisso do governo com o recuo de soldados e apelam para uma "solução diplomática urgente".
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Durante telefonema na noite de 4ª feira (16.fev), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, exigiram que a Rússia adote "medidas reais de desescalada" para evitar um possível combate com as forças ucranianas. Os líderes alertaram ainda que, em casa de uma invasão, o país poderá sofrer "consequências gravíssimas", incluindo a implementação de sanções.
"O risco de uma nova agressão militar da Rússia contra a Ucrânia persiste, uma maior vigilância é necessária", disseram Biden e Scholz, por meio de um comunicado. Segundo eles, "até agora não foi observada nenhuma retirada significativa das tropas russas", que, conforme levantamento, já contabiliza mais de 100 mil soldados.
Mais tarde, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, também alegaram que "há poucas evidências de uma retirada das forças militares russas" da fronteira com a Ucrânia e que uma "solução diplomática entre os países deve ser tomada com urgência". Ambos ressaltaram que um combate armado naquela região teria consequências catastróficas.
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Apesar de Putin declarar que pretende manter os esforços diplomáticos, o presidente não se comprometeu em ordenar uma retirada total das tropas. De acordo com ele, os próximos movimentos da Rússia no conflito dependerão de como a situação evoluir diante das discussões com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
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