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Parlamento russo pede que Putin reconheça áreas separatistas da Ucrânia

Se aprovado, o movimento pode inflamar ainda mais as tensões entre os países

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Parlamento russo pede que Putin reconheça áreas separatistas da Ucrânia
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A câmara baixa do Parlamento da Rússia votou, nesta 4ª feira (16.fev), para pedir ao presidente Vladimir Putin que reconheça duas regiões separatistas apoiadas pela Rússia na Ucrânia como independentes. O anúncio foi feito pelo presidente da Casa. 

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Se aprovada, a medida pode inflamar ainda mais as tensões entre os países. Isso porque o reconhecimento das autodeclaradas Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk pode prejudicar o processo de paz de Minsk, no leste da Ucrânia, onde um conflito entre forças do governo e separatistas apoiados por Moscou já fez ao menos 15.000 vítimas.

Há um temor latente no Leste Europeu sobre a escalada militar russa perto nas fronteiras da Ucrânia. Autoridades da Rússia informaram na 3ª feira (15.fev) que ordenaram a retirada de parte das tropas militares que estavam em treinamento em territórios próximos, mas o governo dos Estados Unidos afirmou não ter confirmado a informação. 

A Rússia nega qualquer plano de invasão e acusou o Ocidente de histeria.

Entenda

Rússia e Ucrânia nunca tiveram relações amistosas. Apesar da cultura e povos de mesmas origens, ambos os países vêm travando um conflito, datado desde a antiga União Soviética, que voltou a ser destaque em novembro deste ano com o deslocamento de tropas do exército russo para a fronteira ucraniana.

A aproximação ucraniana ao Ocidente, sobretudo à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar criada após o fim da Segunda Guerra Mundial com o objetivo de atuar contra o expansionismo da União Soviética, vem desagradando o atual presidente da Rússia, Vladimir Putin, que a encara como uma ameaça.

No início de novembro, tropas militares russas foram deslocadas para a fronteira entre os dois países. A ameaça de um suposto ataque previa que a invasão estaria programada para o fim de janeiro ou início de fevereiro de 2022.

O cenário em torno da suposta invasão relembra 2014, quando a região da Crimeia, anexada ao território ucraniano, foi invadida e incorporada pelos russos. A península, localizada em torno do Mar Negro, era considerada estratégica do ponto de vista militar pela presença de bases navais.

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