FAO desenvolve índice de pobreza rural em parceria com Universidade de Oxford
Serão considerados itens como segurança alimentar, qualidade da nutrição, níveis de educação e padrões de vida
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, desenvolveu um índice capaz de medir a pobreza rural. Serão considerados itens como segurança alimentar, qualidade da nutrição, níveis de educação e padrões de vida.
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Na última 6ª feira (4/02), a FAO comunicou que não é simples ter informações seguras sobre a condição de pobreza no campo, onde vive a maioria dos pobres de todo o mundo. Buscando esses números, a Iniciativa de Desenvolvimento Humano e Pobreza de Oxford, Ophi na sigla em inglês, trabalha com uma plataforma inovadora de medição da pobreza rural multidimensional, chamada de R-MPI Rural Multidimensional Poverty Index. O R-MPI alarga os métodos existentes à mensuração de outros aspectos mais de perto.
De acordo com o economista-chefe da FAO, Maximo Torero Cullen, o R-MPI inclui indicadores inovadores que combinam dados geoespaciais com a pesquisa de lares.
A organização e Ophi acrescentaram dois aspectos importantes na vida das populações rurais: o acesso, ou a falta dele, a ativos agrícolas adequados e a exposição a riscos ambientais ou de proteção social.
Por meio dessa nova forma de mensuração, considera-se que a dimensão singular de uma renda familiar, não pode servir para capturar a realidade da pobreza em áreas rurais, a qual significa muito mais que uma conta bancária esvaziada.
Em 2010, foi lançado pelo Programa de Desenvolvimento da ONU, Pnud, e a Ophi o Índice Global Multidimensional de Pobreza, MPI, com o objetivo de cobrir 109 países e 5,9 bilhões de pessoas em 2021.
Com o novo método serão analisados os riscos de exposição à seca, cheias e ondas de calor. Segundo a diretora do Ophi, Sabina Alkire, o lançamento é um passo importante para formar o ambiente de dados e a discussão sobre como continuar a avançar com a compreensão da pobreza rural em todas as suas dimensões. Países como Etiópia, Malauí, Níger e Nigéria já foram testados no novo índice.