China e Rússia anunciam parceria em encontro em Pequim
Vladimir Putin recebeu apoio da China em meio a tensão com a Ucrânia
SBT Brasil
Caças dos Estados Unidos, Noruega e o Reino Unido interceptaram aviões russos perto do território da Otan. O incidente aconteceu horas antes da visita de Vladimir Putin à China. Pequim e Moscou estreitaram ainda mais os laços contra o ocidente.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Na Ucrânia, não é apenas o exército mobilizado, voluntários, também. Ao grupo de civis armados que se reúne a 40 quilômetros das tropas russas, o capelão ucraniano avisa que eles têm que ser fortes se o inimigo cruzar a fronteira.
Porém, nesta 6ª feira (4.fev), o fato mais importante dessa disputa se deu bem longe da fronteira da Ucrânia. Foi em Pequim, onde Rússia e China, dois grandes rivais dos Estados Unidos na geopolítica do planeta, mandaram um recado aos norte-americanos.
Vladimir Putin, atual presidente da Rússia, além de ex-agente do KGB no departamento exterior e chefe dos serviços secretos soviético e russo, KGB e FSB, respectivamente, chegou à capital chinesa para se consolidar como o líder que mais vezes - se reuniu com o presidente Xi Jinping, que escolheu o russo para ter seu primeiro encontro presencial com um líder estrangeiro depois da pandemia.
Em um comunicado conjunto, os dois criticaram o que chamaram "mentalidade de guerra fria" dos Estados Unidos e União Europeia e condenaram o avanço da Otan, a aliança militar liderada pelos norte-americanos.
Na guerra de acusações, os Estados Unidos dizem que a Rússia tem planos para simular um ataque a seu território para justificar a invasão da Ucrânia. A informação veio da diplomacia do país, cujo porta-voz, quando confrontado pela agência de notícias independente, Associated Press, não apresentou evidências sobre a acusação.
Horas antes da visita de Putin à China, aeronaves russas que sobrevoavam perto dos Mares Báltico e de Barens - ambos áreas da Otan - acabaram interceptadas pelas forças aéreas dos Estados Unidos, Noruega e o Reino Unido. A justificativa foi a de que os pilotos russos não apresentaram plano de voo e nem se comunicaram com o tráfego aéreo por isso foram forçados a deixar a região.