Telescópio James Webb chega à posição onde ficará em órbita
O equipamento deve começar a transmitir observações daqui seis meses
O telescópio James Webb chegou ao destino final geoestacionário, onde ficará em orbita. Considerado como uma das tecnologias mais potentes para investigar o universo profundo, o telescópio vai substituir o Hubble que está no espaço há mais de 30 anos. Após uma viagem de três meses, o equipamento chegou à área demoninada Lagrange 2 (L2), uma das cinco áreas na Via Láctea onde a influência gravitacional do Sol e da Terra se equilibram em força centripetal, o que torna viável a órbita do equipamento. A localização também permite comunicação contínua entre a base de operação do telescópio e as antenas transmissoras do James Webb.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
As transmissões das observações científicas vão começar após o término total do processo de comissionamento, estimado em seis meses. Durante esse tempo, o equipamento fará a abertura dos espelhos para, então, regular-se à temperatura prevista de operação: -380 graus farenheit, ou cerca de -228 graus Celsius - considerada temperatura de criogenia.
Após a abertura total e os ajustes de temperatura, o James Webb iniciará o alinhamento óptico dos 18 espelhos. Para a operação correta, o alinhamento deve ter a precisão de alguns nanômetros, ou cerca de 1/10.000 de um fio de cabelo humano.
A principal diferente entre o telescópio Hubble e James Webb é que o novo equipamento pode visualizar fenômenos em diferentes frequências do espectro de luz. Segundo cientistas do mundo todo, a capacidade do telescópio James Webb pode revolucionar tudo que se sabe até então sobre a formação e a evolução do universo.
Batizado em homenagem à James Webb (1906-1992), administrador da Nasa entre os anos de 1961 e 1968, o telescópio tem custo estimado em US$ 11 bilhões.
* Com informações da Agência Brasil