Conflitos internos e mudança climática aumentam número de deslocados
Segundo Acnur, grupo cresceu em mais de 1,6 milhão de pessoas apenas entre janeiro e junho deste ano
SBT News
A Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) alertou, na 5ª feira (11.nov), que o deslocamento forçado continua em alta em 2021, contabilizando 84 milhões de pessoas nessa situação pelo mundo. Segundo a entidade, os conflitos internos e os efeitos da mudança climática são os principais motivadores.
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Até dezembro do ano passado, por exemplo, 82,4 milhões de civis eram considerados deslocados internos pela Acnur. Entre janeiro e junho deste ano, mais 1,6 milhão de pessoas se viram obrigadas a abandonar suas casas. Para Filippo Grandi, alto comissário da ONU para Refugiados, "a comunidade internacional está falhando em prevenir violência, perseguições e violações de direitos humanos", além dos impactos da crise climática.
Dos atuais 84 milhões desalojados, 51 milhões estão vivendo como deslocados internos, principalmente na República Democrática do Congo e na Etiópia. Segundo a Acnur, a violência em Mianmar, na África e no Afeganistão também reforçou o deslocamento de pessoas, enquanto as restrições nas fronteiras devido à pandemia de covid-19 limitou o acesso a pedidos de asilo.
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O número de refugiados também subiu no primeiro semestre deste ano, atingindo a marca de 21 milhões de pessoas, tendo como maioria civis da República Centro-Africana, Sudão do Sul, Síria, Afeganistão e Nigéria. Ao apresentar os números em Genebra, na Suíça, Grandi lamentou a situação e pediu mais esforços da comunidade internacional em apoio aos grupos.