Nova Zelândia abandona estratégia de eliminação total da covid-19
Governo irá priorizar agora a campanha de vacinação e o isolamento social
O governo da Nova Zelândia anunciou, nesta 2ª feira (4.out), que irá abandonar a estratégia de eliminação total da covid-19 no país, priorizando agora a vacinação contra a doença e o isolamento social. Mesmo com a nova medida, a primeira-ministra Jacinda Ardern ressaltou que todos devem tentar conter e controlar o vírus tanto quanto possível.
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"A eliminação foi importante porque não tínhamos vacinas. Agora sim, para que possamos começar a mudar a forma como fazemos as coisas. Temos mais opções e temos boas razões para estar otimistas quanto ao futuro, mas não podemos apressar as coisas", disse a premiê.
Esta é a primeira vez que o governo da Nova Zelândia reconhece publicamente que não conseguirá deter o surto do vírus, principalmente devido à alta disseminação da variante Delta. Ardern informou também que as restrições serão aliviadas por fases, mas o confinamento rigoroso será suspenso somente quando o país atingir 90% da população com a imunização completa.
Desde o início da pandemia, a nação buscou uma abordagem de tolerância zero ao vírus por meio de bloqueios rígidos e rastreamento severo de contágios. A estratégia funcionou, resultando na morte de apenas 27 pessoas pelo vírus. No entanto, no começo de setembro, o país voltou a registrar óbitos pela doença após seis meses sem ocorrências.
Nas últimas 24 horas, a Nova Zelândia contabilizou mais 30 casos de covid-19. Até o momento, 65% dos neozelandeses receberam pelo menos uma dose da vacina e 40% estão totalmente vacinados. Entre as pessoas com 12 anos ou mais, cerca de 79% já receberam a primeira aplicação.